Deputado diz ter sido ameaçado por Cunha se não votasse pelo golpe
Deputado da Rede Aliel Machado revela articulações pesadas de bastidores e até ameaças em busca de votos para aprovar o afastamento da presidente Dilma; integrante da comissão do impeachment, que votou contra o relatório do deputado Jovair Arantes, diz que foi procurado por pessoas ligadas ao vice Michel Temer, que perguntaram “o que ele queria, do que precisava”; "O Cunha falou: 'Você não vai mais andar em Ponta Grossa. O Temer vai ser presidente, você vai ver'", diz Machado em entrevista; "Os caras que estão a favor do impeachment estão montando o governo com o Temer, eles vão assumir o comando de tudo. DEM, PSDB, todos esses caras. É o jogo aqui", completa
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247 – Integrante da comissão do impeachment, que votou contra o relatório do deputado Jovair Arantes, o deputado federal da Rede Aliel Machado (PR) revela em entrevista ao jornal Gazeta do Povo articulações pesadas de bastidores e até ameaças em busca de votos para aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Ele diz ter sido procurado por pessoas ligadas ao vice-presidente, Michel Temer, que perguntaram "o que ele queria, do que precisava". "O Cunha falou: 'Você não vai mais andar em Ponta Grossa. O Temer vai ser presidente, você vai ver'", contou Machado. "Os caras que estão a favor do impeachment estão montando o governo com o Temer, eles vão assumir o comando de tudo. DEM, PSDB, todos esses caras. É o jogo aqui".
Segundo ele, Temer está articulando abertamente em prol do impeachment. "Ele foi para o Rio de Janeiro conquistar os deputados do PMDB. E foi para outros estados. E quem está operacionalizando isso para ele é o Cunha". Seu partido, a Rede, liderado por Marina Silva, se manifestou a favor do impeachment nesta segunda-feira.
Em discurso feito nesta terça no Palácio do Planalto, a presidente Dilma disse que a acusaram de "usar expedientes escusos para recompor a base do governo". "Me julgando pelo seu espelho, pois são eles que usam tais métodos. Caluniam enquanto leiloam oposições no gabinete do golpe, no governo dos sem voto", criticou.
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