Deltan Dallagnol reclama da prisão de Alberto Youssef

O deputado e ex-procurador da Lava Jato criticou a decisão que revogou a prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran, que pode denunciar ilegalidades de Sergio Moro

Deltan Dallagnol, deputado pelo Podemos-PR e ex-procurador da Lava Jato
Deltan Dallagnol, deputado pelo Podemos-PR e ex-procurador da Lava Jato (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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247 - O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) reclamou nesta terça-feira (21) do juiz Eduardo Appio, novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, após o magistrado ter decretado nesta segunda-feira (20) a prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef, decisão que foi derrubada nesta terça pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TREF4-RS), segunda instância jurídica da Operação Lava Jato. 

No Twitter, Dallagnol também criticou a decisão de Appio, que revogou a prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran, que mora na Espanha e denunciou ter sido alvo de chantagem por parte do advogado Carlos Zucolotto, ligado ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato. Appio marcou o depoimento de Tacla Duran para a próxima segunda-feira (27), às 16h30, por meio de videoconferência.

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"Novo juiz da Lava Jato se diz garantista e imparcial, mas decretou prisão de Youssef 'de ofício', sem provocação do Ministério Público ou Polícia - algo que garantistas condenam como indevido e, aliás, Moro nunca fez na Lava Jato", escreveu o parlamentar. "Ao mesmo tempo em que prendia Youssef numa decisão bastante, vamos dizer, 'econômica' nos fundamentos, revogou prisão preventiva do réu foragido Tacla Duran, cultuado pela esquerda por ter atacado a Lava Jato. Vai vendo…".

Condenações 

A Vaza Jato (diálogos entre membros do Judiciário paranaense no contexto da operação e com divulgação a partir de 2019) começou a ser divulgada em 2019 e deixou mais evidente a parcialidade de Moro e Dallagnol. 

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Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Dallagnol a indenizar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. em R$ 75 mil por conta da apresentação de um PowerPoint em 2016, quando promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR) acusaram Lula sem provas de ser chefe de um esquema de corrupção e de ter recebido da empresa OAS um apartamento como propina. 

Em 2021, o Supremo confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição dele nos processos contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça, o petista comentou a sua prisão política em entrevista ao 247.

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Eleições e agentes do FBI

A Vaza Jato demonstrou também que membros do Federal Bureau of Investigation (FBI) ou Departamento Federal de Investigação, dos Estados Unidos, estiveram no Brasil para ajudar nas investigações com foco em denúncias contra políticos do PT ou aliados. O objetivo dos EUA seria estimular o povo brasileiro a votar em uma candidatura presidencial favorável à abertura do pré-sal para empresas estrangeiras.  

Após tirar o petista da eleição de 2018 ao determinar a prisão dele, Moro aceitou ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), mas saiu do governo alegando tentativa de interferência na Polícia Federal, subordinada à pasta.

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Em 2022, quando tentava candidatura ao Senado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, como consequência, decidiu ser candidato pelo Paraná. 

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