Delator protegeu Cunha e tem benefício ameaçado

Júlio Camargo, que agora lembrou de ter repassado US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), colaborava com as investigações da Lava Jato desde outubro do ano passado, mas resistia em passar nomes de políticos; na última semana de junho, porém, ele foi chamado a Curitiba, onde os procuradores o pressionaram com a ameaça de cancelar os benefícios da delação premiada; mesmo após a confissão, a manutenção dos benefícios do acordo de delação dependerá das justificativas que ele oferecer para as omissões

Júlio Camargo, que agora lembrou de ter repassado US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), colaborava com as investigações da Lava Jato desde outubro do ano passado, mas resistia em passar nomes de políticos; na última semana de junho, porém, ele foi chamado a Curitiba, onde os procuradores o pressionaram com a ameaça de cancelar os benefícios da delação premiada; mesmo após a confissão, a manutenção dos benefícios do acordo de delação dependerá das justificativas que ele oferecer para as omissões
Júlio Camargo, que agora lembrou de ter repassado US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), colaborava com as investigações da Lava Jato desde outubro do ano passado, mas resistia em passar nomes de políticos; na última semana de junho, porém, ele foi chamado a Curitiba, onde os procuradores o pressionaram com a ameaça de cancelar os benefícios da delação premiada; mesmo após a confissão, a manutenção dos benefícios do acordo de delação dependerá das justificativas que ele oferecer para as omissões (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - Procuradores da Operação Lava Jato tiveram de ameaçar o lobista Júlio Camargo para que ele entregasse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-ministro José Dirceu (PT). O delator firmou um acordo com a Justiça em outubro do ano passado para revelar detalhes dos esquemas de corrupção na Petrobras, mas estava ocultando os nomes dos políticos envolvidos.

Em outra delação, do também lobista Milton Pascowitch, da Engevix, apareceram nomes como o de Dirceu, e a alegação de que parte do dinheiro das supostas propinas passaram antes por empresas de Julio Camargo.

Assim, os investigadores mostraram a Camargo que tinham evidências de que ele vinha escondendo informações comprometedoras e lembraram ao lobista que isso poderia levar ao rompimento do acordo de delação, que garante redução de pena e outros benefícios.

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Diante da ameaça de perder as vantagens, feitas na última semana de junho, quando Camargo foi chamado pelos procuradores da Lava Jato para uma reunião em Curitiba, ele decidiu incriminar Cunha e Dirceu.

Camargo trabalhou para fornecedores da Petrobras e diz ter pago R$ 137 milhões em propina para o PMDB, o PT e funcionários da estatal.

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Mesmo com a confirmação de nomes, a delação de Camargo está ameaçada. Integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Carlos Fernando Lima afirmou que o acordo será revisto e disse que Camargo terá de prestar novo depoimento sobre fatos que negou anteriormente. A manutenção dos benefícios do acordo dependerá das justificativas que ele oferecer para as omissões.

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