Delator de Moro: tudo 'leva a crer' que houve propina
Empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, que pagou propina e confessou seus crimes, escapou da prisão com acusações genéricas; no depoimento de ontem ao juiz Sergio Moro, ele acusou concorrentes da UTC, de Ricardo Pessoa, e da Odebrecht, de Marcelo Odebrecht; "tudo leva a crer" que houve propina no Comperj; delações premiadas sem prova, no entanto, vêm sendo tomadas como verdade absoluta e aliviando a barra de criminosos confessos, como é o caso do próprio Júlio Camargo
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247 – Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, o empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, acusou concorrentes da UTC e da empreiteira de Marcelo Odebrecht de pagar propina para viabilizar obra de construção da unidade de hidrogênio do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Camargo, que pagou propina e confessou seus crimes, escapou da prisão com acusações genéricas, que têm sido tomadas como verdade absoluta no processo da Lava Jato.
“Os representantes das empresas UTC Engenharia Ricardo Pessoa e da Odebrecht Marcio Farias ficaram responsáveis por efetivar o pagamento da propina e do declarante não sabe dizer como isso foi operacionalizado; que apesar disso, como o contrato foi firmado e está em fase final de execução, regularmente, ‘tudo leva a crer’ que os pagamentos da propina foram efetivados”, afirmou Camargo na delação.
O advogado Alberto Toron, responsável pela defesa de Ricardo Pessoa, presidente da UTC, afirma que o juiz Sergio Moro “demonstra claramente propensão para a condenação” dos acusados e que deve entrar com recurso para afasta-lo do caso.
Leia aqui na reportagem de André Guilherme Vieira e Leticia Casado, no jornal Valor Econômico.
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