Defesa de Rocha Loures descarta delação; Fachin autoriza transferência para PF

O advogado do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), Cézar Roberto Bittencourt, descartou que seu cliente fará delação premiada e disse esperar que ele seja liberado a tempo de ver o nascimento do filho, previsto para 16 de julho; "Não vai existir delação, em nenhuma hipótese", afirmou; o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a transferência do homem da mala da Papuda para a carceragem da PF em Brasília, atendendo a um pedido da defesa

Rocha Loures
Rocha Loures (Foto: Gisele Federicce)


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Paraná 247 - O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta terça-feira 13 a transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures para a carceragem da Polícia Federal em Brasília. O homem da mala de Temer está preso na Penitenciária da Papuda desde o último dia 7 e pediu para voltar à PF alegando risco de vida.

Nesta terça, a defesa do ex-deputado descartou fazer delação premiada e disse esperar que o parlamentar seja liberado a tempo de ver o filho nascer, em 16 de julho. "Não vai existir delação, em nenhuma hipótese", afirmou o advogado Cézar Roberto Bittencourt. Leia na reportagem da Reuters:

Defesa de Rocha Loures descarta delação, espera que ex-assessor de Temer esteja livre para parto do filho

Por Ricardo Brito

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BRASÍLIA (Reuters) - O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) descarta fazer uma delação premiada no momento, disse à Reuters o advogado Cézar Roberto Bittencourt, que espera que seu cliente esteja livre até 16 de julho, dia em que está previsto o nascimento do filho do ex-assessor do presidente Michel Temer.

Rocha Loures foi preso preventivamente no dia 3 de junho por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin no inquérito a que ele e o presidente Michel Temer respondem sob a acusação de obstrução de Justiça, organização criminosa e corrupção passiva após a delação de executivos da JBS.

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"Não vai existir delação, em nenhuma hipótese", afirmou o criminalista. "Até 16 de julho, ele espera estar livre para assistir ao parto do filho. Antes disso até", completou. A mulher de Rocha Loures está grávida de oito meses.

O advogado espera que Edson Fachin leve ao plenário do STF o quanto antes o pedido apresentado por ele para libertar Rocha Loures sob o argumento de que a prisão dele foi ilegal.

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Segundo ele, a motivação da prisão do ex-assessor de Temer era desnecessária porque ele não representava qualquer risco para a ordem pública. Alega, ainda, que a prova para a detenção --a gravação feita por Joesley Batista e a ação controlada-- é ilegal, a partir daí todo o restante teria que ser desconsiderado.

"Só quero uma coisa: que o relator leve para o plenário a prisão do Rodrigo", defendeu.

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O advogado revelou ter apresentado na segunda-feira uma petição sigilosa ao inquérito com novos pedidos para avaliação de Fachin. Ele não quis detalhar o que seria.

Bittencourt não acredita que seu cliente poderá ser colocado em liberdade após a provável denúncia criminal que será oferecida nos próximos dias contra Rocha Loures e Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Por isso, o advogado trabalha na linha da defesa segundo a qual, a partir do que considera como prova ilegal, a gravação de Joesley, toda a investigação contra o ex-assessor de Temer e o presidente está contaminada.

Ele disse que não há combinação da estratégia de defesa com a banca que representa Temer no inquérito, comandada pelo criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira.

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Segundo Bittencourt, há momentos em que a defesa converge. As duas defesas questionam o uso e a validade da gravação como instrumento de prova --a Polícia Federal realiza perícia no áudio da conversa de Joesley Batista e Temer. Mas ressalvou que essa convergência não é sempre garantida.

"Tenho que trabalhar aquilo que é bom para o meu cliente", frisou. "Não tenho nada a ver com os outros. Não vou deixar de fazer a defesa bem feita para beneficiar o outro", completou.

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