Dallagnol recebeu R$ 219 mil por palestras em 2016
Procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, recebeu R$ 219 mil por 12 palestras que fez em 2016; Dallagnol será investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que vai investigar a comercialização de palestras pelo procurador; ao final de uma palestra no Expert 2017, evento da corretora XP Investimentos, Dallagnol se negou a revelar quanto recebeu pela palestra e disse que "não controlou" os valores recebidos no ano passado com as palestras
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Paraná 247 - O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, recebeu R$ 219 mil por 12 palestras que fez em 2016. Dallagnol será investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que vai investigar a comercialização de palestras pelo procurador.
Ao final de uma palestra no Expert 2017, evento da corretora XP Investimentos, Dallagnol se negou a revelar quanto recebeu pela palestra, disse que prestará as informações à Receita Federal e que em 2018 divulgará o valor total recebido neste ano. "Não falo sobre contratos específicos porque eles têm cláusulas de confidencialidade. Não posso expor o contratante", afirmou.
O procurador afirmou que a instauração de um procedimento de investigação é de praxe e negou qualquer tipo de irregularidade. "Toda vez que chega qualquer ofício ao CNMP por procedimento padrão eles instauram um procedimento [de investigação]. Eles vão me escutar e certamente vão arquivar porque esse pedido não tem qualquer perspectiva de êxito", afirmou, depois de ser questionado pela reportagem.
O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato disse que "não controlou" os valores recebidos no ano passado com as palestras. "Foram dadas – segundo informações do próprio hospital [que recebe os recursos], porque eu não controlava isso diretamente – 12 palestras, que somaram R$ 219 mil. As destinações foram feitas diretamente pelas entidades para a construção do hospital infantil", declarou o procurador. Dallagnol disse ainda que a doação é uma "decisão pessoal" e que se decidisse embolsar todo o montante "também não teria nenhum problema".
As informações são do jornal Valor Econômico.
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