Dallagnol: 'País não é propriedade de corruptos'
No Dia Internacional de Combate à Corrupção, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público na Operação Lava Jato no Paraná, defendeu a aprovação de punição mais dura contra quem pratica este tipo de crime; "As leis melhoraram apenas na primeira das duas etapas do combate judicial à corrupção, que é a da investigação. A segunda etapa, em que a pessoa responde à acusação criminal perante um juiz e tribunais, é uma verdadeira máquina de impunidade", afirmou
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Paraná 247 - O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público na Operação Lava Jato no Paraná, defendeu a aprovação de leis mais duras de punição contra quem pratica crimes de corrupção.
"As leis melhoraram apenas na primeira das duas etapas do combate judicial à corrupção, que é a da investigação. A segunda etapa, em que a pessoa responde à acusação criminal perante um juiz e tribunais, é uma verdadeira máquina de impunidade", afirmou Dallagnol, em entrevista ao G1. "O Brasil não é propriedade privada dos corruptos, essa terra é nossa", completou.
Para o procurador, o sentimento de impunidade é um dos fatores principais que motivam atos de corrupção. "Segundo um estudo acadêmico sobre a corrupção publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o fator mais importante para inibir a corrupção é uma alta probabilidade de punição; o segundo fator mais relevante é uma pena adequada. Não temos nenhuma das duas coisas e os autores concluem que a corrupção compensa no Brasil. E é verdade. A ação penal 461 contra Paulo Maluf acaba de prescrever no Supremo Tribunal Federal. No Propinoduto, a corrupção já prescreveu também. Poderíamos citar inúmeros casos “derrubados” pela prescrição, que é uma espécie de cancelamento do caso criminal e do crime pelo decurso do tempo", afirmou.
Nesta quarta-feira (9) é celebrado o Dia Internacional de Combate à Corrupção. A data será lembrada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília com um balanço dos resultados alcançados em 2015 no enfretamento à corrupção, além da divulgação do "Ranking Nacional dos Portais da Transparência".
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