Dallagnol acusa o TCU de 'lawfare', termo usado pelo PT para criticar a Lava Jato

"Agora, o que existe sim é 'lawfare' nas últimas instâncias, nas Cortes superiores", afirmou o ex-procurador e pré-candidato a deputado federal pelo Podemos

Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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247 - O ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR), pré-candidato a deputado federal, afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) faz o "lawfare", palavra usada pelo PT para criticar a atuação da força-tarefa da Lava-Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Agora, o que existe sim é 'lawfare' nas últimas instâncias, nas Cortes superiores", afirmou Dallagnol em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (10). O TCU determinou que Dallagnol, o procurador João Vicente Beraldo Romão e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot devolvam aos cofres públicos R$ 2,8 milhões gastos com diárias e passagens de membros da antiga Operação Lava Jato.

"Quando eu ouvia o PT falar que era vítima de perseguição de 'lawfare', que é o uso do direito como instrumento de poder para perseguição política, isso nunca fez sentido para mim, porque é impossível acontecer 'lawfare' nas primeiras instâncias do Judiciário, porque elas estão sujeitas a uma série de controles", afirmou Dallagnol em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (10). 

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"Agora, o que existe sim é 'lawfare' nas últimas instâncias, nas Cortes superiores. Porque são as Cortes superiores que são instrumentalizadas, na mesma forma que os órgãos públicos são instrumentalizados para desvio de dinheiro público. O sistema busca aparelhar Cortes superiores com pessoas que vão protegê-los", acrescentou. 

O ex-presidente Lula teve seus direitos políticos devolvidos no primeiro semestre do ano passado, após o Supremo Tribunal Federal declarar a parcialidade de Sergio Moro. Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça determinou que Dallagnol pague R$ 75 mil a Lula por conta do PowerPoint apresentado em 2016, quando o então procurador denunciou sem provas o ex-presidente. 

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