Cunha quer falar a Moro de perguntas vetadas sobre Temer

Ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi preso durante um desdobramento da operação Lava Jato, quer abordar, no primeiro interrogatório feito pelo juiz federal Sérgio Moro, cuja audiência acontece nessa terça-feira (7), temas considerados delicados pelo Palácio do Planalto; Cunha pretende tocar nas perguntas que sugeriu que fossem feitas a Michel Temer - que foi arroladocomo testemunha do processo - e que foram vetadas por Moro; Moro, entretanto, poderá vetar menções a autoridades com foro privilegiado para evitar a nulidade do processo

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é escoltado por policiais federais ao deixar o Instituto Médico Legal em Curitiba 20/10/2016 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é escoltado por policiais federais ao deixar o Instituto Médico Legal em Curitiba 20/10/2016 REUTERS/Rodolfo Buhrer (Foto: Paulo Emílio)


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Paraná 247 - O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi preso durante um desdobramento da operação Lava Jato, quer abordar, no primeiro interrogatório feito pelo juiz federal Sérgio Moro, cuja audiência acontece nessa terça-feira (7), temas considerados delicados pelo Palácio do Planalto. Segundo interlocutores do ex-parlamentar, Cunha pretende tocar nas perguntas que sugeriu que fossem feitas a Michel Temer e que foram vetadas por Moro.

As perguntas sugeridas por Cunha em novembro do ano passado e vetadas por Moro, 21 de um total de 41 questionamentos, eram dirigidas a uma das testemunhas arroladas no processo: o próprio Temer. Moro alegou que não há envolvimento de Temer na ação penal a que Cunha responde. No interrogatório, Cunha poderá fazer uso de perguntas feitas pelos advogados para abordar os assuntos envolvendo a cúpula do PMDB e do governo Temer. Moro, entretanto, poderá vetar o tema envolvendo menções a autoridades com foro privilegiado para evitar a nulidade do processo.

Apesar do temor do Planalto Cunha não deverá revelar tudo em seu depoimento. Nesse caso, a estratégia é aguardar a possibilidade de um acordo para firmar um termo de delação premiada junto ao Ministério Público Federal, o que lhe asseguraria uma pena menor em razão da colaboração.

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