Criticado até por Veja, Richa volta a culpar o PT
Jornalista Joice Hasselmnann diz que governador "falhou" ao não identificar o "grupo de arruaceiros" mencionado por ele durante protesto dos professores no fim de abril e "falhou" ao ficar "fechado em copas" e demorar a se pronunciar para fazer sua "mea-culpa" sobre o episódio; em sua defesa, Beto Richa (PSDB) disse que há "uma fábrica de denúncias e calúnias" contra ele; "Para tentar me desgastar, para tentar fazer um contraponto aos escândalos do PT. Me pegaram para ser a outra asa do avião para garantir o equilíbrio e eu não aceito. Não há dúvida de que há uma articulação política por trás disso. É o PT por trás disso, não há dúvidas", afirmou o tucano
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Paraná 247 – Vivenciando uma crise sem precedentes em seu governo no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) foi criticado até pela revista Veja nesta segunda-feira 8. A jornalista Joice Hasselmnann, que é paranaense, disse que o tucano "falhou" ao não identificar o "grupo de arruaceiros" mencionado por ele durante protesto dos professores no Estado no fim de abril e "falhou" ao ficar "fechado em copas", demorando a se pronunciar para fazer "mea-culpa" pelo episódio. Joice foi dura na entrevista e criticou ainda o secretário de Segurança de Richa, Fernando Francischini.
Em resposta, Richa voltou a pôr a culpa no PT tanto pelo protesto de professores, uma vez que teria sido organizado pelo sindicato que representa a categoria no Estado, que conforme ressaltou, é ligado ao PT, quanto pela convocação de grupos radicais como black blocs a participarem do ato no Centro Cívico de Curitiba no dia 29 de abril contra proposta do governo que tratava da aposentadoria dos servidores estaduais. Da manifestação, mais de 200 pessoas saíram feridas por balas de borracha e gás lacrimogêneo diante de uma ação violenta da Polícia Militar.
Richa também culpou o PT pelo que chamou de "fábrica de denúncias e calúnias" e "produção em série de insultos" contra ele. O governador foi acusado, por um auditor da Receita Estadual, em acordo de delação, de usar R$ 2 milhões em propina em sua campanha à reeleição no ano passado, o que é negado por ele. Outra denúncia envolve a primeira-dama, Fernanda Richa, que teria prometido promoção a auditores caso eles doassem à campanha do marido. O tucano rebateu que a corrupção na Receita do Paraná existe há dez anos, e que há quatro ele a vem combatendo. "Sou intolerante com corrupção", assegurou.
"Fiquei cinco anos e meio à frente da Prefeitura de Curitiba, não houve uma denúncia de corrupção. Estive quatro anos à frente do governo do Estado. Por que agora, em dois meses, um bombardeio, uma fábrica de denúncias e calúnias? Para tentar me desgastar, para tentar fazer um contraponto aos escândalos do PT. Me pegaram para ser a outra asa do avião para garantir o equilíbrio e eu não aceito. Não há dúvida de que há uma articulação política por trás disso. É o PT por trás disso, não há dúvidas", ressaltou Richa. Segundo ele, o partido governista faz isso com a "convocação de grupos radicais" para protestos no Paraná e com a "exploração irresponsável de todas essas denúncias" contra ele.
Assista aqui à entrevista.
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