CPT do Transporte segue investigação em Curitiba
A CPI tem três dias de depoimentos agendados para esta semana, marcados para quarta (18), quinta (19) e sexta-feira (20); os convocados prestarão esclarecerimentos sobre os indícios de fraude no edital da licitação do transporte coletivo
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Câmara Municipal de Curitiba - A CPI do transporte Coletivo da Câmara Municipal tem três dias de depoimentos agendados para esta semana. Na quarta-feira (18), às 18 horas, no plenário da Casa, será tomado o depoimento do diretor-presidente da Dataprom, Alberto Mauad Abujamra. Ele faltou na oitiva marcada para a última quinta-feira (12), alegando que estava em repouso absoluto por recomendação médica.
O departamento jurídico da Dataprom encaminhou um documento para a CPI afirmando que Abujamra se submeteu, no dia 9 de setembro, a um procedimento cirúrgico e que, por recomendação do cirurgião dentista que o operou, o diretor deveria permanecer em repouso até a próxima terça-feira, dia 17 de setembro.
Na quinta-feira (19), às 9 horas, a CPI vai ouvir o ex-presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Marcos Valente Isfer. Na sexta-feira (20), será a vez do depoimento do ex-diretor de Transporte da Urbs, Fernando Ghignone. As duas reuniões também acontecem no plenário da Câmara de Curitiba.
Os convocados prestarão esclarecimentos sobre os indícios de fraude no edital da licitação do transporte coletivo levantados pela CPI desde o início das investigações. "A partir de agora vamos realizar reuniões extraordinárias justamente para ouvir todas as pessoas envolvidas. Ainda temos 17 testemunhas para serem ouvidas", explicou o presidente do colegiado, Jorge Bernardi (PDT).
Ainda conforme o presidente, após dois meses de investigações a CPI do Transporte já conseguiu esclarecer pontos importantes relacionados ao lucro das empresas do transporte coletivo e ao recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS).
Linhas de investigação
Com o objetivo de tentar baixar a tarifa, a CPI do Transporte Coletivo está focada em quatro pilares de investigação. Um deles é o suposto lucro excessivo das empresas, que, segundo Bernardi, deve passar de R$ 100 milhões. O segundo é o processo licitatório, com indícios de irregularidades. Há a desconfiança, entre os integrantes do colegiado, de que foram concedidos benefícios para empresas que já estavam no sistema.
Investiga-se também a composição tarifária. "Há suspeita de superfaturamento no processo de manutenção das catracas, conforme admitiu a Dataprom", complementou o presidente da CPI. A quarta linha de investigação é sobre a suspeita de falta de recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas do sistema.
O colegiado tem Serginho do Posto (PSDB) na vice-presidência e Valdemir Soares (PRB) como vice-relator. A CPI também reúne os vereadores Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Cristiano Santos (PV), Geovane Fernandes (PTB), Mauro Ignacio (PSB), Noemia Rocha (PMDB), Paulo Rink (PPS) e Tiago Gevert (PSC).
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