Costa tinha contas com doleiro preso
Polícia Federal encontra indícios de que ligação entre ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e doleiro Alberto Yousseff vai além de consultorias; contas no Brasil e no exterior foram usadas para pagamentos de terceiros, segundo as investigações; Paulo Costa pode ter recebido R$ 7,9 milhões em propina por "obras da refinaria Abreu e Lima"; a Camargo Correia estaria por trás da origem do dinheiro
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A Polícia Federal (PF) revelou indícios de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa mantinha contas conjuntas, inclusive no exterior, com o doleiro Alberto Yousseff.
Os dois foram presos em Curitiba pela Operação Lava-Jato da PF, investigação sobre lavagem, evasão de divisas e corrupção. Eles são acusados de agir em conluio para obter contratos fraudulentos com a Petrobras e com o Ministério da Saúde, além do suposto pagamento de propina.
“Os documentos retratados na representação sugerem a existência de uma conta corrente dele (Costa) com o doleiro, contas comuns no exterior e a entrega de relatórios mensais da posição dele com o doleiro e com pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns deles também relacionados a negócios envolvendo a Petrobras”, diz um dos relatórios da operação.
As suspeitas foram reforçadas depois que a PF constatou que Costa teria ganhado uma land rover do doleiro Alberto Youssef, alvo de outras investigações da PF – entre elas o caso Banestado. O carro é avaliado em R$ 250 mil.
A PF também acredita que Paulo Costa recebeu R$ 7,9 milhões em propina por “obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobras”.
A Camargo Correia pode estar por trás da origem do dinheiro, por intermédio do doleiro. Em grampo telefônico da Polícia Federal de outubro de 2013, ele mencionou o recebimento de 12 milhões da empreiteira, presidida pelo executivo Vitor Hallack.
Em uma planilha apreendida pela PF sobre “comissões” pagas a consultorias ligadas ao doleiro, aparece a sigla CNCC no campo dos clientes, “em provável referência ao Consórcio Camargo Corrêa”. O valor das comissões é de R$ 7,9 milhões. O consórcio faz parte das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em R$ 9 bilhões.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247