Costa já está no Senado e aguarda CPMI da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou antes da chegada do ex-diretor da Petrobras que, em casos de delação premiada, o sigilo é obrigatório. "A lei impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação e a seu conteúdo. É imposição do sigilo legal", salientou

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou antes da chegada do ex-diretor da Petrobras que, em casos de delação premiada, o sigilo é obrigatório. "A lei impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação e a seu conteúdo. É imposição do sigilo legal", salientou
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou antes da chegada do ex-diretor da Petrobras que, em casos de delação premiada, o sigilo é obrigatório. "A lei impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação e a seu conteúdo. É imposição do sigilo legal", salientou (Foto: Gisele Federicce)


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Karine Melo - Repórter da Agência Brasil

O ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, já está nas dependências do Senado Federal. Às 14h30, ele prestará depoimento aos senadores que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na empresa. Paulo Roberto chegou pouco depois das 12h e aguardará o início da sessão na sala da comissão. Costa decolou às 10h05, em um avião da Polícia Federal, do Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba.

Antes da chegada de Costa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esteve no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois da audiência, Janot afirmou que, em casos de delação premiada, o sigilo é obrigatório. "A lei impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação e a seu conteúdo. É imposição do sigilo legal", salientou.

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A explicação do procurador-geral reforça a aposta dos que acreditam que, durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras, marcada para as 14h30, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ficará calado. Segundo Janot, não cabe a ele ter expectativas sobre o depoimento. "Esse assunto diz respeito à CPMI e a esse investigado. Não tenho nenhuma expectativa", acrescentou.

Conforme Rodrigo Janot, o encontro com o presidente do Senado foi protocolar e apenas para entregar o relatório de um ano de atividades à frente da Procuradoria-Geral da República.

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Preso em Curitiba

O ex-diretor da Petrobras está preso na sede da PF na capital do Paraná e fez acordo de delação premiada em que teria citado autoridades que estariam envolvidas com desvio de recursos da Petrobras, segundo reportagem da revista Veja da semana passada.

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Para o relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), o depoimento de Costa é uma oportunidade para confirmar se as informações publicadas na imprensa, sobre o envolvimento de políticos, são verdadeiras.

A reunião para ouvir o ex-diretor deve começar aberta e, em seguida, ser fechada ao público e à imprensa. A intenção é evitar que o executivo fique em silêncio, já que ele tem o direito constitucional de ficar calado para não produzir provas contra si. "Ele tem garantia constitucional de não se incriminar. Nós vamos provocar para que ele tenha com a CPI a mesma colaboração que está tendo com o Ministério Público e com a Polícia Federal", afirmou o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

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Regras

Apesar da possibilidade de o depoimento ser tomado em reunião fechada, um esquema especial de segurança está sendo montado no Senado para ouvir o ex-diretor. No plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, reservado para a reunião, só cabem 60 pessoas.

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Quem ficar de fora vai poder acompanhar a audiência em telões instalados em outras três salas. Uma delas (sala 6) será exclusiva para jornalistas e as outras duas (salas 3 e 7) para o público em geral.

O acesso à ala Nilo Coelho vai ser controlado pela Polícia do Senado e será restrito a servidores, senadores, deputados e à imprensa credenciada. Cada parlamentar poderá contar com um assessor parlamentar.

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CPI do Senado

Este será o segundo depoimento de Paulo Roberto Costa no Congresso. Em junho, antes da delação premiada, ele esteve na CPI do Senado e negou a participação em desvios de dinheiro da Petrobras. Ele se disse injustiçado, acusou a imprensa de "publicar dados sem fundamento" e disse que não sabia que Alberto Youssef era doleiro.

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À CPI, Paulo Roberto Costa admitiu também que, embora não tivesse formalizado um contrato, prestou um serviço de consultoria ao doleiro e recebeu como pagamento um carro no valor de R$ 250 mil, mais R$ 50 mil pela blindagem.

No dia seguinte do depoimento aos senadores, o ex-diretor da Petrobras foi novamente preso, depois que o Ministério Público descobriu que ele mantinha US$ 23 milhões em contas no exterior.

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