Costa, ex-Petrobras, parte para a delação premiada
No mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em 13 empresas ligadas a Paulo Roberto Costa, na sexta fase da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras decide conceder informações para a Justiça em troca de uma pena menor; Costa foi preso pela primeira vez em março e solto 59 dias depois; na segunda vez, a Justiça denunciou que ele tinha US$ 23 milhões na Suíça; o alvo da PF é acusado de ter facilitado negociações da Petrobras com o doleiro Alberto Youssef, que está preso; segundo a coluna Radar Online, ele depõe nesse momento na Polícia Federal de Curitiba; recentemente, ele teria dito a interlocutores: "Se eu falar, não vai ter eleição"
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247 – O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, alvo da Operação Lava Jato, decidiu nesta sexta-feira 22 fazer um acordo de delação premiada para pegar uma pena menor. A decisão foi tomada no mesmo dia em que a PF deflagrou a sexta fase da operação no Rio, cumprindo mandados de busca e apreensão em 13 empresas ligadas e ele. Elas pertenciam a uma filha, a um genro e a um amigo de Costa.
De acordo com a coluna Radar Online, de Veja, Costa está neste momento depondo na Polícia Federal de Curitiba, onde está preso. Seu advogado, Nélio Machado, deixou o caso por discordar da estratégia da família, que o quer longe da cadeia o quanto antes. "A defesa do Paulo Roberto é absolutamente viável. Estão trocando uma defesa certa por uma aventura", disse ele à Folha de S. Paulo.
Ainda de acordo com a coluna Radar Online, Costa disse recentemente a interlocutores, quando ainda não havia decidido pela delação: "Se eu falar, não vai ter eleição".
Costa foi preso pela primeira vez em março, quando ficou 59 dias na cadeia e depois foi solto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Na ocasião, a acusação contra ele era de ocultação de provas da Operação Lava Jato. Em junho, ele foi preso novamente depois que autoridades suíças informaram à Justiça brasileira que ele tinha US$ 23 milhões no país europeu.
Na Lava Jato, Paulo Roberto Costa é acusado de, quando diretor da Petrobras (entre 2004 e 2012), ter facilitado negociações entre a estatal e o doleiro Alberto Youssef, que está preso e é o principal alvo da investigação. A suspeita é de que ele tenha superfaturado obras da refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco, e recebido como suborno o valor pago a mais pela estatal.
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