Corregedoria do MP vai investigar palestras de Deltan Dallagnol
A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou na quarta-feira um procedimento para investigar a comercialização de palestras por parte do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba e autor da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; quando veio a público a informação de que as palestras de Dallagnol estavam sendo comercializadas por cerca de R$ 40 mil, o procurador divulgou nota e informou que estava utilizando os recursos para doação ou para um fundo de combate à corrupção; a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) reagiu e disse que os integrantes da força-tarefa estavam usando a Lava Jato para fazer fortuna; hoje ele fala para XP e Itaú
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247 – A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou na quarta-feira um procedimento para investigar a comercialização de palestras por parte do procurador da República Deltan Dallagnol, segundo informa o jornalista Ricardo Mendonça, do Valor Econômico.
Dallagnol é o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba e autor da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será julgada em breve pelo juiz Sergio Moro.
Quando veio a público a informação de que as palestras de Dallagnol estavam sendo comercializadas por cerca de R$ 40 mil, o procurador divulgou nota e informou que estava utilizando os recursos para doação ou para um fundo de combate à corrupção.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) reagiu e disse que os integrantes da força-tarefa estavam usando a Lava Jato para fazer fortuna.
"Hoje mesmo Dallagnol tem palestra agendada em um evento corporativo. Ele irá falar no Expert2017, 'o maior evento da América Latina para a indústria de investimentos', informa o site da entidade organizadora, a XP Investimentos, cuja fatia foi adquirida recentemente pelo Itaú. O ingresso, ou 'passaporte', como anunciam, custa R$ 800,00. Nem Dallagnol nem a XP informaram ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor, se a participação do procurador, nesse caso, será remunerada", diz ainda a reportagem de Mendonça.
A Reclamação Disciplinar contra Dallagnol no CNMP recebeu o número 553/2017-36. Foi levada ao órgão pelos deputados federais Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS)
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