Copel pede reajuste de mais de 30% na tarifa
Reajuste médio de 32,4% na tarifa de energia será aplicado aos consumidores a partir do próximo dia 24 de junho; “Ficamos muito descontratados justamente no momento em que os reservatórios começavam a baixar e o preço da energia começou a ser fortemente impactado pelo uso constante das térmicas”, explica Vlademir Santo Daleffe, diretor-presidente da Copel Distribuição
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Notícias Paraná - A Copel solicitou um reajuste médio de 32,4% na tarifa de energia que será aplicada aos consumidores a partir do próximo dia 24 de junho - é a maior solicitação de reajuste recebido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve ser pela agência em reunião marcada para a próxima terça-feira (17).
No detalhamento do reajuste, observa-se que o item de maior peso na composição foi a compra de energia, correspondendo a 19,1%. Há ainda 11,8% de aumento para cobrir componentes financeiros, que representam a diferença entre as despesas que a empresa já pagou e o que ela recebe por meio das tarifas, e que precisa ser compensado ao longo dos próximos 12 meses.
Ficamos muito descontratados justamente no momento em que os reservatórios começavam a baixar e o preço da energia começou a ser fortemente impactado pelo uso constante das térmicas”, explica Vlademir Santo Daleffe, diretor-presidente da Copel Distribuição, em entrevista à Gazeta do Povo.
De qualquer forma, o custo da compra de energia foi o principal fator para o aumento. Com o encerramento de contratos importantes no fim de 2013, a Copel passou a ter uma demanda relativamente maior do que pode entregar, precisando recorrer ao mercado e "comprar energia" para atender a população do Paraná. E caso o reajuste seja aprovado, a tarifa residencial cobrada pela Copel atingirá o maior valor da história da empresa.
Vale lembrar ainda que em 2013 a presidenta Dilma Rousseff anunciou redução da tarifa de energia elétrica. “A conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até 32% para indústria, agricultura, comércio e serviços. Ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia e ela irá crescer ainda nos próximos anos”, disse Dilma na época. Estados governados pelo PSDB, São Paulo, Minas Gerais e, claro, o próprio Paraná, acusaram o Governo Federal de "estelionato eleitoral" e não aceitaram a redução. Agora o resultado poderá ser sentido ao final do mês, na sua conta de luz.
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