Coordenador de Richa está na mira do Gaeco
Vereador e ex-prefeito de Londrina Gérson Araújo (PSDB), que está sendo investigado pelo Gaeco por suposto favorecimento à construtora Iguaçu do Brasil, que aplicou um golpe milionário na cidade, deixando centenas de famílias sem as moradias prometidas; o parlamentar vereador e o ex-chefe de gabinete William Polaquini Godoy estiveram na sede do Ministério Público para prestar depoimento
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Notícias Paraná - Não é a primeira vez que pessoas da linha de frente da campanha de Beto Richa ficam na mira do Ministério Público. Aliás este é o terceiro caso em menos de dois meses. Primeiro foi o prefeito de Terra Rica, Devalmir Molina Gonçalves, o Mi Molina, por fraude em licitações que beneficiou uma emissora de rádio, condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) a dois anos de prisão.
Depois foi o prefeito Adir dos Santos Leite (PSDB), de São Jerônimo da Serra, região Norte, preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e investigado por peculato, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude a licitação e organização criminosa, além de porte ilegal de armas..
Agora é a vez do vereador e ex-prefeito de Londrina Gérson Araújo (PSDB), que está sendo investigado pelo Gaeco por suposto favorecimento à construtora Iguaçu do Brasil, que aplicou um golpe milionário na cidade, deixando centenas de famílias sem as moradias prometidas. O vereador e o ex-chefe de gabinete William Polaquini Godoy estiveram na sede do Ministério Público na tarde da última segunda-feira (22) para prestar depoimento.
Gérson Araújo, é coordenador da campanha de Beto Richa (PSDB) em Londrina e foi prefeito do município após a cassação de Barbosa Neto (PDT) e a prisão seguida de renúncia de Joaquim José Ribeiro (sem partido) em 2012. Neste período, de acordo com as investigações, o dono de um terreno, localizado na Avenida Henrique Mansano, na região Norte da cidade, teria sofrido uma suposta pressão política para que a área fosse negociada com a construtora. Segundo os relatos da suposta vítima, a negociação da venda do terreno para a Iguaçu do Brasil estaria avançada quando foi procurado por Godoy, de acordo com o delegado do Gaeco, Ernandes Cézar Alves.
“Ele [William Godoy] teria entrado em contato para informar que a Prefeitura tinha interesse em desapropriar o terreno. Por conta dessa informação, ele rapidamente fechou negócio com a Iguaçu do Brasil. Nossas investigações seguem no sentido de apurar se esse interesse na desapropriação era legítimo ou se isso foi feito para que a venda do imóvel ocorresse de maneira mais rápida”, explicou o delegado ao Jornal de Londrina.
O primeiro contato do ex-chefe de gabinete, de acordo com o delegado, foi feito junto aos antigos proprietários do terreno em 23 de novembro de 2012. Poucos dias depois, em 5 de dezembro do mesmo ano, o imóvel foi vendido para a Iguaçu do Brasil. Como o dinheiro prometido não foi pago em sua totalidade, as vítimas procuraram o Gaeco. “O terreno fez parte, efetivamente, do golpe aplicado pela construtora em Londrina”, afirmou o delegado.
Em entrevista, Araújo disse estar indignado. Ele afirma que William Godoy de fato procurou o antigo dono do terreno, mas com outro objetivo: “Meu assessor estava propondo que o espaço virasse uma Vila Olímpica. Mas ao mesmo tempo uma empresa de Londrina parece que também tinha interesse no local”, afirmou.
Araújo teria assinado um requerimento ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD) sugerindo a desapropriação da área, mas ele nunca foi protocolado – e teria sido “roubado” de dentro do gabinete para ser usado de forma ilícita, de acordo com Araújo. No entanto, esse documento foi usado no processo de venda à construtora talvez para convencer o proprietário (do terreno) para apressar o negócio, informando que o vereador estava solicitando a desapropriação.
*Com Jornal de Londrina
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