Contra Requião, parte do PMDB flerta com Gleisi

O núcleo da bancada estadual peemedebista mais "fiel" ao governador Beto Richa (PSDB), cujos deputados são conhecidos como richistas, embora cada vez mais escassos, agora querem levar o partido à aliança com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná; o objetivo seria 'reduzir danos' ao tucano e fugir da possibilidade de o senador Roberto Requião se viabilizar candidato ao Palácio Iguaçu

O núcleo da bancada estadual peemedebista mais "fiel" ao governador Beto Richa (PSDB), cujos deputados são conhecidos como richistas, embora cada vez mais escassos, agora querem levar o partido à aliança com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná; o objetivo seria 'reduzir danos' ao tucano e fugir da possibilidade de o senador Roberto Requião se viabilizar candidato ao Palácio Iguaçu
O núcleo da bancada estadual peemedebista mais "fiel" ao governador Beto Richa (PSDB), cujos deputados são conhecidos como richistas, embora cada vez mais escassos, agora querem levar o partido à aliança com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná; o objetivo seria 'reduzir danos' ao tucano e fugir da possibilidade de o senador Roberto Requião se viabilizar candidato ao Palácio Iguaçu (Foto: Leonardo Lucena)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Blog do Esmael - O núcleo da bancada estadual peemedebista mais "fiel" ao governador Beto Richa (PSDB), cujos deputados são conhecidos como richistas, embora cada vez mais escassos, agora querem levar o partido à aliança com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná. O objetivo seria 'reduzir danos' ao tucano e fugir, como o diabo foge da cruz, da possibilidade de o senador Roberto Requião se viabilizar candidato ao Palácio Iguaçu.

A mudança no comportamento da bancada estadual peemedebista, da água para o vinho ainda não é pública, mas se deu porque o jantar na última quarta-feira (4), em Brasília, na casa do vice-presidente Michel Temer, foi indigesto para os richistas que esperavam sair do encontro com a promessa de que o resultado da convenção no estado fosse respeitado, independente do resultado. Não só não obtiveram essa garantia como tiveram de engolir que a primeira opção do PMDB é pela candidatura e a segunda coligação com o PT.

A terceira opção, defendida pelos richistas, por óbvio, seria juntar as escovas de dente com Richa. Não será possível. Temer não topou a "ménage à trois" proposta pelos emissários do governador do PSDB. Seria como se o vice-presidente jogasse contra a própria meta, ou seja, contra o próprio gol, haja vista que ele disputará novamente ao lado da presidenta Dilma Rousseff. O PMDB pode oferecer palanque forte à coligação nacional com uma candidatura própria, raciocina Temer.

continua após o anúncio

Nessa guerra de inteligência, como eu disse no início deste texto, são menos deputados que pretendem permanecer na barca tucana. No jantar descrito acima, dez dos 13 deputados estaduais compareceram. Desses, cinco se disseram favoráveis à candidatura própria e outros cinco a alianças com o PT e PSDB. A sondagem configurou um empate com viés para a candidatura própria.

A título de comparação, entre 2011 e primeiro semestre de 2013, apenas 1 deputado do PMDB, Anibeli Neto, o Anibelinho, se dizia contra o alinhamento a Richa. Há, portanto, avanço significativo do partido rumo à candidatura própria, atendendo o apelo e a vontade da direção nacional.

continua após o anúncio

A 'redução de danos' da qual falei antes tem a ver com coligação formal com Gleisi, mas, na prática, a bancada estadual do PMDB ficaria livre para namorar Richa. Seria a mesma fórmula utilizada na campanha de Osmar Dias (PDT) em 2010. Entretanto, os petistas rejeitam esse formato até porque já fizeram as contas e eles têm uma certeza na cabeça: sem a candidatura própria do PMDB, e de Requião, não haverá segundo turno no Paraná.

A presença de Requião nas eleições poderá deixar a disputa imprevisível e emocionante em 2014. Poder-se-á, inclusive, repetir o cenário de Curitiba, em 2012, quando o prefeito Luciano Ducci (PSB), com apoio de Richa, sequer conseguiu avançar para o segundo turno durante campanha pela reeleição.

continua após o anúncio

Rumo da ópera: o "profeta" e ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, há um ano (clique aqui para relembrar), previu que Beto Richa estaria comprando terreno na Lula – no caso da tentativa de aliança com o PMDB. Bingo. Acertou em cheio. O bruxo Chik jeitoso que se cuide, pois pode perder a posição para o ministro.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247