Conselho de Ética inicia caso Vargas amanhã

Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), recebeu nesta manhã a representação em que o PSDB, o DEM e o PPS pedem a investigação da denúncia de ligação entre o 1º vice-presidente da Câmara, Andre Vargas (PT-PR), e o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal; para Izar, a denúncia "é preocupante"

Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), recebeu nesta manhã a representação em que o PSDB, o DEM e o PPS pedem a investigação da denúncia de ligação entre o 1º vice-presidente da Câmara, Andre Vargas (PT-PR), e o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal; para Izar, a denúncia "é preocupante"
Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), recebeu nesta manhã a representação em que o PSDB, o DEM e o PPS pedem a investigação da denúncia de ligação entre o 1º vice-presidente da Câmara, Andre Vargas (PT-PR), e o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal; para Izar, a denúncia "é preocupante" (Foto: Gisele Federicce)


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Wilson Silveira, Agência Câmara - O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), recebeu na manhã desta terça-feira a representação em que o PSDB, o DEM e o PPS pedem a investigação da denúncia de ligação entre o 1º vice-presidente da Câmara, o deputado licenciado Andre Vargas (PT-PR), e o doleiro Alberto Youssef, que foi preso em operação da Polícia Federal contra a lavagem de dinheiro.

Para Izar, a denúncia é preocupante. "Como presidente a gente tem que estar sempre imparcial. Agora eu, pessoalmente, como cidadão, como deputado, pelo que a gente viu na imprensa, a gente fica assustado, é preocupante."

O deputado Ricardo Izar convocou reunião do Conselho de Ética para esta quarta-feira (9), às 14 horas, para dar início ao processo. Esse, segundo ele, é o prazo para uma eventual renúncia. "A partir do momento que é aberto o processo, o deputado já entra na questão da Lei da Ficha Limpa, então, caso ele renuncie até as 14 horas, o processo não tem continuidade. Se a gente abrir a representação, aí a partir desse momento, ele renunciando ou não, o processo continua até o final."

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O processo

Izar pretende concluir o processo antes do recesso parlamentar, que se inicia em 18 de julho. "A minha preocupação é o prazo. Como nós temos 90 dias para concluir o processo e votar o relatório, o que eu temo um pouco é a questão da defesa. As últimas testemunhas a serem ouvidas são as da defesa, mas nós vamos fazer de tudo para encerrar esse processo antes do recesso parlamentar."

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Depois de ser analisado no Conselho de Ética, o processo contra o deputado Andre Vargas vai para o Plenário da Câmara, onde será analisado pelo sistema de voto aberto. "A tendência agora, com o voto aberto, é que o Plenário acompanhe o relatório do Conselho de Ética. A gente viu em outros casos que o Conselho de Ética muitas vezes pedia por um relatório e ele era rejeitado aqui dentro do Plenário. O voto aberto serviu para melhorar isso e dar mais transparência para tudo."

O relator do processo será escolhido pelo presidente do Conselho entre três nomes, que serão sorteados de uma lista de 14 integrantes do Conselho de Ética que não sejam nem do PT nem dos partidos que fizeram a representação, ou seja, PSDB, DEM e PPS.

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Denúncias

Desde o início de abril, são publicadas denúncias de ligações irregulares entre o deputado e o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal contra lavagem de dinheiro. O jornal Folha de S. Paulo informou que Vargas usou um avião contratado por Youssef para uma viagem de férias a João Pessoa (PB).

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Neste fim de semana, reportagem da revista Veja divulgou mensagens interceptadas pela Polícia Federal em que Vargas teria prometido ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal na área da Saúde.

Defesa

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Andre Vargas ocupou a tribuna do Plenário, na semana passada, e afirmou que suas relações com Youssef são de amizade, com quem se relacionava há 20 anos, e que desconhecia suas atividades ilegais.

Hoje, em nota, o deputado afirmou que, com o pedido de licença pretende, antes de tudo, preservar a Câmara dos Deputados, enquanto prepara sua defesa diante do que classifica de "massacre midiático". Ele afirma que "esse massacre está sendo abastecido pelo vazamento ilegal de informações".

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