‘Comissão do Impeachment cerceia defesa de Dilma’
"A Comissão Especial do Impeachment passa a adotar o tempo como única preocupação, não a defesa, o conteúdo ou as provas. Quer terminar o mais rápido possível, porque isso é um desconforto para o Parlamento e para os que estão no governo"; afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); segundo ela, o objetivo dos que apoiam o impeachment seria concluir o processo antes das Olimpíadas, a pedido do presidente interino Michel Temer; "Sabem por quê? Porque os líderes internacionais não querem vir para as Olimpíadas, não reconhecem o governo ilegítimo de Michel Temer. Ele está desesperado em buscar legitimidade internacional"
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Agência Senado - A Comissão Especial do Impeachment adota a pressa como prioridade nos trabalhos e cerceia o direito da presidente afastada Dilma Rousseff de se defender e provar que não cometeu crime de responsabilidade, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em discurso nesta sexta-feira (10).
— A Comissão Especial do Impeachment passa a adotar o tempo como única preocupação, não a defesa, o conteúdo ou as provas. Quer terminar o mais rápido possível, porque isso é um desconforto para o Parlamento e para os que estão no governo — afirmou Gleisi.
Ela ressalvou o papel do presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), “que tem tentado dar um tratamento correto ao assunto”, mas afirmou que a maioria dos integrantes do colegiado “tem demonstrado muita pressa em encerrar o processo”.
Na opinião da senadora, o objetivo dos que apoiam o impeachment seria concluir o processo antes das Olimpíadas, a pedido do presidente interino Michel Temer.
— Sabem por quê? Porque os líderes internacionais não querem vir para as Olimpíadas, não reconhecem o governo ilegítimo de Michel Temer. Ele está desesperado em buscar legitimidade internacional — opinou.
Gleisi Hoffmann fez um apelo aos colegas senadores para que sejam observados os ritos necessários para assegurar o direito de defesa no processo de impeachment, ressaltando seu aspecto político e também jurídico.
— A Constituição prevê um processo legal, com fases delimitadas, que não está sendo respeitado no Senado da República. Apesar de o presidente da comissão, Raimundo Lira, se esforçar, a maioria que está lá não está deixando que o devido processo legal se dê para a defesa da presidenta e para legitimar qualquer afastamento dela — protestou.
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