Cinco são condenadas na Operação Publicano
Cinco pessoas foram condenadas por improbidade administrativa pela Operação Publicano, que apura pagamento de propina a servidores da Receita Estadual do Paraná; o grupo também foi condenado a perda dos cargos públicos que ocupam; esta foi a primeira decisão em âmbito cível da Operação Publicano; de acordo com as investigações, a fraude pode ter desviado mais de R$ 200 milhões dos cofres do governo estadual
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Paraná 247 - Cinco pessoas foram condenadas por improbidade administrativa, nesta quinta-feira (20) pela Operação Publicano, que apura pagamento de propina a servidores da Receita Estadual do Paraná. O grupo também foi condenado a perda dos cargos públicos que ocupam. Esta foi a primeira decisão em âmbito cível da Operação Publicano. Segundo as investigações, a fraude pode ter desviado mais de R$ 200 milhões dos cofres do governo estadual.
O grupo foi acusado de tentar subornar um policial do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), para obter informações privilegiadas sobre investigações na Receita Estadual.
Outras quatro pessoas respondiam ao processo - Ana Paula Pelizzari Lima e José Luiz Favoretto Pereira foram absolvidos por falta de provas. Luiz Antônio de Souza e Rosane Semprebom fizeram acordos de delação premiada e foram beneficiados pela Justiça.
Veja a lista de condenados
- Márcio de Albuquerque Lima - auditor da Receita Estadual
- Marco Antônio Bueno - auditor da Receita Estadual
- Dalton Lázaro Soares - auditor da Receita Estadual
- André Luiz Santelli - policial civil
- Paulo Henrique Santelli - técnico da Receita Estadual e irmão de André Luiz.
A defesa de Márcio de Albuquerque Lima afirmou que ainda não teve acesso à sentença. O advogado de Dalton Lázaro Soares afirmou que deve recorrer da decisão. As respostas foram publicadas no G1.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que o policial André Luiz Santelli está afastado das funções. Segundo a pasta, o processo contra ele na corregedoria da corporação está em fase final.
Campanha de Richa
OI auditor fiscal Luiz Antônio de Souza disse ao MP que o dinheiro era repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha - ele está preso.
O delator afirmou que o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se entregou ao Gaeco.
Souza afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).
Em nota, o PSDB negou as declarações atribuídas a Luiz Antônio de Souza, e disse que Luiz Abi Antoun "nunca tratou de arrecadação para a campanha eleitoral", função que era do Comitê Financeiro.
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