Chuvas atrasam colheita de 2ª safra de milho no Paraná
Trabalhos já começaram, mas avançaram pouco na última semana, segundo dados da consultoria Clarivi; colheita no Paraná, segundo principal Estado produtor de milho do país, ficou estagnada em 3% da área plantada na comparação com a semana anterior
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SÃO PAULO (Reuters) - Chuvas no Paraná, segundo principal Estado produtor de milho do país, têm atrasado a colheita da segunda safra do cereal, disseram especialistas nesta segunda-feira.
Os trabalhos já começaram, mas avançaram pouco na última semana, segundo dados da consultoria Clarivi.
A colheita no Paraná ficou estagnada em 3 por cento da área plantada na comparação com a semana anterior.
"Com excesso de chuvas no Paraná, a colheita do milho no Estado foi prejudicada, já que as máquinas não conseguem entrar nas áreas", disse a Clarivi, em relatório semanal.
Apesar de muito semelhante ao índice de colheita registrado um ano atrás, o Paraná teria potencial de estar com os trabalhos bem mais avançados, já que 35 por cento das lavouras já estão na fase de maturação, contra 24 por cento registrados há um ano.
"Choveu bastante nas principais áreas produtoras, mas não tem trazido problemas com qualidade", disse o gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra.
A preocupação agora é com o frio, que pode desacelerar o desenvolvimento das plantações de milho e alongar a safra em, talvez, uma semana, disse Turra. A safra mais longa aumenta a exposição das plantas a possíveis geadas e à umidade, que pode ocasionar doenças fúngicas.
O Paraná, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deverá colher 9,96 milhões de toneladas de milho na chamada "safrinha" de 2014, atrás apenas de Mato Grosso, que colherá 16,42 milhões de toneladas.
A Clarivi disse que a colheita desta segunda safra de milho no país avançou para 1,9 por cento da área plantada, ante 1,4 por cento registrados uma semana antes. O índice foi puxado por Mato Grosso, onde os trabalhos já foram realizados em 2,8 por cento da área, avanço de 1,3 ponto percentual em uma semana.
(Por Gustavo Bonato)
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