Cerveró nega ter havido pedido para poupar banqueiro em delação
Nestor Cerveró, ex-diretor da área técnica da Petrobras, disse que nunca recebeu pedido para poupar o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em seu acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no ano passado; em juízo, Cerveró reafirmou a acusação feita em sua delação premiada sobre o suposto pagamento de propina na BR Distribuidora durante a negociação de uma rede de postos de combustíveis
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247 - Nestor Cerveró, ex-diretor da área técnica da Petrobras, disse que nunca recebeu pedido para poupar o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em seu acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no ano passado. Em juízo, Cerveró reafirmou a acusação feita em sua delação premiada sobre o suposto pagamento de propina na BR Distribuidora durante a negociação de uma rede de postos de combustíveis, diz reportagem do Valor.
"Ouvido como testemunha em ação penal por tentativa de obstrução à Operação Lava-Jato - em que são réus Esteves, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o senador cassado Delcídio do Amaral - Cerveró foi interrogado por videoconferência em audiência realizada na 10ª Vara Criminal Federal de Brasília", diz a reportagem.
Delcídio foi preso em flagrante e Esteves temporariamente no dia 25 de novembro de 2015, acusados de atuar para impedir que ocorresse a delação premiada de Cerveró. A acusação era de que Esteves bancaria um suposto plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras e ainda garantiria auxílio financeiro à família dele. O banqueiro deixou a prisão em dezembro, quando passou a cumprir prisão domiciliar. Em abril desse ano, o STF revogou a prisão domiciliar.
Questionado se houve "alguma insinuação" de que Esteves "também não deveria ser envolvido na questão de negócios na África, postos de gasolina e etc", Cerveró disse que isso não ocorreu. "Não houve nenhuma solicitação para que eu não envolvesse o 'doutor' André. Eu não sabia desse pedido, dessa intenção", respondeu.
Cerveró declarou ainda que seu advogado na época, Edson Ribeiro, também réu na ação, nunca levou o assunto ao seu conhecimento. E que soube "que haveria essa participação de André Esteves" quando ouviu a gravação feita pelo filho dele, Bernardo.
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