Celso Amorim: ataque contra acampamento pró-Lula foi terrorismo

Em nota ao Nocaute, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, o embaixador Celso Amorim, expressou seu veemente repúdio ao atentado sofrido no acampamento Marisa Letícia em Curitiba, onde estão os manifestantes que defendem a liberdade do ex-presidente Lula; "Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo. Não dá pra fingir que não viu!"

Em nota ao Nocaute, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, o embaixador Celso Amorim, expressou seu veemente repúdio ao atentado sofrido no acampamento Marisa Letícia em Curitiba, onde estão os manifestantes que defendem a liberdade do ex-presidente Lula; "Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo. Não dá pra fingir que não viu!"
Em nota ao Nocaute, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, o embaixador Celso Amorim, expressou seu veemente repúdio ao atentado sofrido no acampamento Marisa Letícia em Curitiba, onde estão os manifestantes que defendem a liberdade do ex-presidente Lula; "Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo. Não dá pra fingir que não viu!" (Foto: Leonardo Lucena)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Nocaute - Em nota ao Nocaute, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, o embaixador Celso Amorim, expressou seu veemente repúdio ao atentado sofrido nesse sábado (28) no acampamento Marisa Letícia em Curitiba, onde estão os manifestantes que defendem a liberdade do ex-presidente Lula.

Leia a nota na íntegra:

Expresso aqui meu veemente repúdio ao ato terrorista praticado na madrugada de sábado contra o acampamento, ao mesmo tempo que expresso minha irrestrita solidariedade aos bravos companheiros que continuam, com risco de sua integridade física, a defender a liberdade do Presidente Lula e seu direito de candidatar-se. O fascismo não passará.

continua após o anúncio

Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo. Não dá pra fingir que não viu!

Na manhã desse domingo (29), o jornal Folha de São Paulo publicou um artigo do ex-ministro Celso Amorim onde ele comenta a recusa da juíza Carolina Lebbos aos pedidos de visita ao ex-presidente Lula.

continua após o anúncio

Leia aqui os principais trechos:

Uma imagem vale mais que mil palavras, diz o provérbio chinês. Mil palavras não serão capazes de descrever, de forma tão pungente, a tristeza profunda experimentada por milhões de brasileiros (e muitas outras pessoas em todo o mundo) quanto a foto de Leonardo Boff, sentado na soleira do prédio da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Lula.

continua após o anúncio

Nas horas que antecederam a partida do presidente, uma característica de sua personalidade sobressaiu em todos os seus gestos: a profunda humanidade, o interesse real e concreto pelo bem-estar material e espiritual dos que estavam dentro do edifício ou entre a multidão que o rodeava.

Lula não saiu da vida para entrar na história, nem pôs em risco a integridade física dos seus apoiadores. Tampouco cedeu à coreografia planejada por seus algozes. Não obedeceu ao ultimato disfarçado em deferência, mas não permitiu que o episódio da prisão constituísse pretexto para novas provocações por aqueles que desejam cerrar as cortinas sobre a democracia brasileira.

continua após o anúncio

Se o afeto e o reconhecimento pelo ex-presidente ofereciam algum consolo à dor de sabê-lo preso, a visão do prédio dava absurda materialidade ao que até então parecia uma ideia abstrata: o encarceramento do ser humano em quem o povo pobre do Brasil vê o seu mais legítimo e querido representante.

Ao longo da minha vida como servidor público, a maior parte da qual no exercício de função diplomática, poucas vezes senti vergonha profunda (distinta de um mero incômodo passageiro) do meu país.

continua após o anúncio

Uma delas foi quando, jovem funcionário servindo no exterior, abri uma revista que regularmente recebia do Brasil e li uma reportagem sobre a morte de um prisioneiro sob tortura. Uma brevíssima brecha na censura imposta pelo regime permitiu que a reportagem fosse publicada. Voltei a experimentar o mesmo sentimento com a recusa aos pedidos de visita a Lula feitos por Adolfo Pérez-Esquivel, prêmio Nobel da Paz em 1980, e pelo amigo de longa data, outro lutador pacífico da paz, Leonardo Boff.

Em 2002, quando o povo teve a coragem de eleger como seu presidente um operário com raízes no sertão do Nordeste, cunhou-se a expressão “a esperança venceu o medo”. Neste momento sombrio, não sei o que lamento mais: a ignorância de nossos juízes quanto às normas internacionais sobre tratamento de presos ou a pequenez de espírito dos que se apegam à formalidade das regras para tomar decisões despidas de qualquer sentido de humanidade.

continua após o anúncio

Em meio a tantas arbitrariedades postas a serviço dos poderosos dentro e fora do Brasil, temos que buscar força e inspiração nas atitudes desassombradas de Boff e Esquivel.

Necessitamos eleições livres e justas, com a participação dos candidatos mais representativos do povo, a começar por Lula, para que a paz e a confiança no futuro sejam devolvidas ao povo brasileiro. Não podemos permitir que o ódio e a mesquinharia vençam a esperança.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247