Caso Evandro: nova decisão da Justiça revolta envolvidos que confessaram crime sob tortura
O episódio registrado em abril de 1992, em Guaratuba, no litoral do Paraná, ficou nacionalmente conhecido como Caso Evandro
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247 - Desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiram nesta quinta-feira (16), por três votos a dois, manter a condenação de Beatriz Abagge pelo desaparecimento e morte do menino Evandro Ramos Caetano. A defesa pode recorrer.
O episódio registrado em abril de 1992, em Guaratuba, no litoral do Paraná, ficou nacionalmente conhecido como Caso Evandro. O menino tinha seis anos e sumiu no trajeto entre a casa onde morava e a escola.
Beatriz Abagge e a mãe, Celina, foram acusadas de promover um ritual macabro usando o corpo da criança como sacrifício. No entanto, o documentário “Evandro”, que ganhou destaque nacional, revelou décadas depois que mãe e filha criaram uma falsa confissão após dias seguidos sendo torturadas por policiais que, de acordo com relatos, estavam afoitos para encontrar imediatamente um culpado.
Além de mãe e filha, outras 5 pessoas também foram acusadas e também torturadas para confessar o crime.
Fitas inclusive foram gravadas com gritos de tortura dos envolvidos.
A manutenção da condenação de Beatriz foi definida em julgamento de recurso apresentado pela defesa dela no qual pedem a anulação das condenações ou o reconhecimento da inocência, além de indenização por danos morais e materiais.
Beatriz defendeu que todos os acusados são inocentes.
"Todos nós. Os sete são inocentes, não somente eu. Foi realmente o que eles fizeram conosco que foi um ritual macabro. E a gente tem que, a vida toda, carregar isso nas costas, como as bruxas de Guaratuba. Ficou esse rótulo. Sempre em cima da mulher", disse ela, de acordo com o portal G1.
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