Câmara cassa mandato de vereadora que comparou mulheres de esquerda a ‘cadelas’

Em vídeo gravado nas dependências da Câmara Municipal, a ex-vereadora aparece dublando funk “O proibidão do Bolsonaro”, de MC Reaça. Ex-vereadora ficará inelegível por oito anos

(Foto: Reprodução)


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247 - Vereadores da cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, decidiram, por unanimidade,  cassar o mandato da vereadora Camila Oliveira (Republicanos), em sessão extraordinária nesta segunda-feira, 16. Por nove votos a zero, a ex-vereadora fica inelegível por oito anos por quebra de decoro parlamentar. As informações são da jornalista Tina Griebeler.

A vereadora bolsonarista é a autora de um vídeo em que compara mulheres de esquerda a cadelas. Nas imagens gravadas nas dependências da Câmara Municipal, a ex-vereadora aparece dublando o funk “O proibidão do Bolsonaro”, de MC Reaça.

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O pedido de cassação, encaminhado pelo PDT, tramitou na Câmara de Montenegro, sob a análise de Comissão formada pelos vereadores Felipe Kinn da Silva, Presidente; Valdeci Alves de Castro, Relator; e Vereador Ari Arnaldo Müller, membro. O relatório final já havia sido aprovado por unanimidade na Comissão.

Camila não esteve presente no julgamento, que foi finalizado no início da tarde. Com a perda do mandato, quem assume a vaga é o  vereador Cristian Souza, também do Republicanos

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O Grupo Feminina Montenegro, coletivo formado por mulheres de todos os segmentos sociais e cores partidárias, esteve acompanhando as sessões da Câmara desde a instalação do processo em meados de outubro do ano passado.

Liliane Melo, integrante do Coletivo, afirma “é lamentável que tenhamos que nos mobilizar para pedir a cassação de uma mulher, mas a parlamentar reproduziu em suas manifestações, falas de cunho machista, de ataque às mulheres que fazem política e se posicionam na vida pública. Ao invés de usar seu mandato para assegurar que políticas públicas voltadas às mulheres tenham a atenção que merecem. Mandatos femininos ainda são minoria principalmente no interior, no entanto, não é possível admitir ataques deste tipo”, conclui. 

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