Batochio: "italiano" é um apelido à procura de um personagem
O advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci, reiterou que seu cliente não é o "italiano" citado nas planilhas da Odebrecht; segundo ele, o codinome já foi atribuído pela PF a três pessoas diferentes; Batochio também os registros da Câmara dos Deputados, que mostram que Palocci votou contra um MP em que ele é acusado de favorecer a Odebrecht
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Paraná 247 – O advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci, reiterou que seu cliente não é o "italiano" citado nas planilhas da Odebrecht.
“Descobrimos um e-mail em que Marcelo Odebrecht disse ‘estive com a Itália, ela saiu da reunião, demorou uns 15 minutos e ela voltou para a reunião’. Ora, Palocci não pode ser ela. Palocci é ele. De modo que, ‘Italiano’ ou ‘Itália’ não é sequer uma pessoa do sexo masculino”, disse ele. “Quem falou ‘ela saiu e ela voltou’ não é a defesa, é Marcelo Odebrecht, por escrito neste e-mail.”
Batochio também contestou que Palocci tenha movimentado R$ 128 milhões oriundos da Odebrecht. “Isso aí, esses R$ 128 milhões, são atribuídos a uma gestão de administração dessa ‘Itália’. Como Palocci não é mulher, nem é ‘Itália’, ele desconhece esses R$ 128 milhões. Tem que perguntar para a ‘Itália’.” Sobre o codinome italiano, ele foi irônico. “Nós temos aí um apelido em busca de um personagem.”
Por fim, ele também criticou a acusação de que Palocci teria favorecido a Odebrecht numa medida provisória. “Uma das acusações contra o ex-ministro Palocci é a de ter favorecido a construtora Odebrecht no que diz respeito a transformação da Medida Provisória 460, de 2009, em lei pelo Congresso Nacional, para posterior sanção da Presidência da República. Isso beneficiara a construtora Odebrecht com a isenção de IPI ou compensação de IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, e todas as empresas que estivessem na mesma situação dela, representando assim uma grande perda para o Tesouro nacional”, explicou Batochio. “Acabamos de informar a autoridade policial que preside o inquérito que basta consultar o site da Câmara dos Deputados para verificar que o ministro Palocci era na época deputado e votou contra a aprovação desta Medida Provisória.”
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