Áudio com pedido de socorro foi fundamental para trabalhadores em regime análogo à escravidão serem resgatados

Um homem, no áudio, confirma que são da Bahia e vieram trabalhar no Rio Grande do Sul

(Foto: Reprodução/Facebook | Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)


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247 - Um áudio obtido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra o desespero de um trabalhador resgatado em situação análoga à escravidão no Rio Grande do Sul no último dia 23 de fevereiro. Uma operação em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego e com a Polícia Federal (PF) liberou 150 pessoas que atuavam como terceirizados em vinícolas de Bento Gonçalves.

Um homem, no áudio, confirma que são da Bahia e vieram trabalhar no Rio Grande do Sul. “Estamos trabalhando nas piores condições”, diz.

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Empregados pela Fênix Prestação de Serviços, que operava de forma terceirizada em vinícolas como Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi, três homens decidiram, no dia 21 de fevereiro, enviar um vídeo no grupo de WhatsApp da empresa para denunciar as condições de trabalho. Na gravação, o trio, encharcado, revela o prato de comida que haviam recebido: arroz, feijão e frango com aspecto estragado. Os responsáveis não gostaram e, por isso, veio a punição.

“Eles entraram no quarto, trancou a gente e bateu spray de pimenta no rosto. Nos espancaram com cadeira, me deram choque. Eu estou aqui todo quebrado. Trancou a gente no quarto, dizendo que ia matar a gente. A gente fugiu pela janela. A gente está dentro do mato escondido. Estamos pedindo socorro”, conta o homem, em tom desesperado, em áudio obtido pela PRF e divulgado pelo G1.

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