Apuração sobre tiros a caravana de Lula está 'inconclusiva', diz MP do Paraná após três anos

Em nota, o PT afirmou que a demora na investigação "é um estímulo à violência política e à impunidade"

Ônibus de Lula na caravana foi atingido por tiros em 2018
Ônibus de Lula na caravana foi atingido por tiros em 2018


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247 - O inquérito aberto pela Polícia Civil do Paraná, há três anos e meio, com o objetivo de apurar o atentado contra uma caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não conseguiu descobrir quem foram os responsáveis pelos tiros e as apurações têm sido marcadas por lentidão. De acordo com o Ministério Público do Paraná, as investigações até agora "são consideradas inconclusivas". Em nota, a assessoria de imprensa do PT afirmou que a demora na investigação "é um estímulo à violência política e à impunidade". "São mais de três anos ignorando a gravidade do crime e as fortes evidências reunidas quanto à sua autoria". A informação foi publicada pelo jornal O Globo

O ataque à caravana ocorreu em 27 de março de 2018. Os tiros atingiram dois dos três ônibus da caravana do ex-presidente, com perfurações na lataria. Os disparos também acertaram de raspão os vidros de um dos veículos. Ninguém ficou ferido. O inquérito foi aberto dois dias depois, junto à Vara Criminal de Laranjeiras do Sul (PR). 

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De fevereiro de 2020 até maio de 2021, o processo judicial referente ao inquérito não registrou movimentações. Em 12 de maio deste ano, a juíza Giovane Rymsza, do juízo de Quedas do Iguaçu, determinou o envio do processo para o MP-PR requerer novas diligências, que estão em andamento.

O ministério afirmou que atualmente "o inquérito tramita sob a responsabilidade da Polícia Civil, sendo que as investigações realizadas até o momento são consideradas inconclusivas". 

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Investigações

Nos primeiros meses da investigação, o delegado Helder Andrade Lauria tomou os depoimentos de testemunhas do atentado, pediu imagens de câmeras de segurança e relatórios periciais dos ônibus atingidos.

A perícia confirmou que os ônibus foram atingidos por disparos de armas de fogo e detectou, após análise do material, que partiram de um revólver calibre 32. De acordo com as investigações, o atentado ocorreu na altura do quilômetro 20 da rodovia PR-473, correspondente ao território da cidade Espigão Alto do Iguaçu (PR). 

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Em 5 de abril de 2019, houve autorização para mudança da jurisdição, o que travou a investigação. Só em outubro é que o juízo de Quedas do Iguaçu oficiou a Polícia Civil para a continuidade das apurações. 

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