Após quase seis meses, executivos deixam prisão
Empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e Gerson de Mello Almada, da Engevix, deixaram a carceragem da Polícia Federal em Curitiba no fim desta manhã; decisão de ontem da Segunda Turma do STF os liberou para a prisão domiciliar, depois de quase seis meses de prisão preventiva; para o ministro relator Teori Zavascki, detenção para forçar delação premiada dos réus, como determinou o juiz da Lava Jato, Sergio Moro, é medida "medievalesca"; outros sete executivos e funcionários de empreiteiras investigadas no caso também foram beneficiados com a decisão e irão para casa
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247 – Depois de quase seis meses presos, os executivos Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, e Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, empresas investigadas na Operação Lava Jato, deixaram no final desta manhã a carceragem da Polícia Federal em Curitiba para cumprir prisão domiciliar.
Eles foram beneficiados por decisão tomada ontem pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que não considerou suficiente o argumento de que Pessoa poderia fugir do País para manter a prisão.
Para o ministro relator do caso, Teori Zavascki, a prisão preventiva para forçar um delação premiada, como articulou o juiz da Lava Jato, Sergio Moro, é "medida medievalesca que cobriria de vergonha nossa sociedade".
Outros sete executivos e funcionários de empreiteiras investigadas no caso também foram beneficiados com a decisão e deverão cumprir prisão domiciliar. Todos serão monitorados por tornozeleira eletrônica.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Executivos investigados na Lava Jato deixam a prisão em Curitiba
André Richter - Depois de cinco meses presos, nove executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato deixaram hoje (29) a prisão em Curitiba. Eles foram beneficiados ontem (28) pela decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liberdade aos investigados.
Por maioria de votos, os ministros entenderam que a prisão preventiva não pode ser aplicada como sentença antecipada, mesmo diante da gravidade dos crimes praticados.
Com a decisão do Supremo, foram soltos os executivos da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin, Mateus Coutinho e José Aldemário Filho, além de Sérgio Mendes (Mendes Júnior), Gerson Almada (Engevix), Erton Medeiros (Galvão Engenharia), João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Ricardo Pessoa (UTC).
Os executivos estavam presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e no Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais (PR), região metropolitana da capital paranaense.
Antes da liberação, os investigados foram levados para audiência com o juiz Sérgio Moro, onde assinaram termo de compromisso para cumprir as medidas cautelares determinadas pelo Supremo e colocarem as tornozeleiras eletrônicas.
Em troca da liberdade, os investigados cumprirão prisão domiciliar, serão monitorados por tornozeleira eletrônica, não poderão ter contato com outros investigados e deverão comparecer à Justiça a cada 15 dias. Todos estão proibidos de deixar o país e deverão entregar o passaporte.
Os executivos foram presos em novembro do ano passado, por determinação de Sérgio Moro, com base em acusações colhidas em depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa .
Segundo eles, os executivos pagavam propina a ex-diretores da estatal, em troca de contratos para construção de obras. Pelas acusações, os investigados são réus em ações penais que tramitam na Justiça Federal em Curitiba.
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