Após delação, Moro manda soltar João Santana e esposa

Mônica Moura terá de pagar uma fiança de R$ 28 milhões, que já foram bloqueados de suas contas; já para o marqueteiro foi estabelecida uma fiança de R$ 2,8 milhões; o casal, que firmou acordo de delação premiada nos últimos dias, em que denunciou caixa 2 na campanha de Dilma em 2010, deve ser solto nas próximas horas; os dois estão proibidos de deixar o país, de manter contatos com outros envolvidos na Lava Jato e de fazer campanhas no Brasil

Joao Santana, Brazilian President Dilma Rousseff's campaign chief, is escorted by federal police officers as he leaves the Institute of Forensic Science in Curitiba, Brazil, February 23, 2016. REUTERS/Rodolfo Buhrer TPX IMAGES OF THE DAY
Joao Santana, Brazilian President Dilma Rousseff's campaign chief, is escorted by federal police officers as he leaves the Institute of Forensic Science in Curitiba, Brazil, February 23, 2016. REUTERS/Rodolfo Buhrer TPX IMAGES OF THE DAY (Foto: Paulo Emílio)


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247, com Agência Brasil - A Justiça Federal concedeu hoje (1º) liberdade provisória ao publicitário João Santana e a Mônica Moura, mulher dele, presos em fevereiro durante a 23ª fase da Operação Lava Jato. A decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba foi confirmada pelo advogado de defesa do casal, Fábio Tofic Simantob.

Mônica Moura terá de pagar uma fiança de R$ 28 milhões, que já foram bloqueados de suas contas. Já para o marqueteiro foi estabelecida uma fiança de R$ 2,8 milhões. A decisão do juiz Sérgio Moro ocorreu poucos dias depois de o casal ter firmado acordo de delação premiada, pelo qual denunciou a existência de caixa 2 na campanha da presidente Dilma em 2010.

"Depois que eles prestaram depoimento na semana passada, nós fizemos uma petição porque não fazia mais sentido mantê-los presos diante da postura deles perante a justiça", explicou Simantob. O advogado ressaltou, ainda, que o casal admitiu ter cometido alguns erros, mas não agiu em conivência com a corrupção em nenhum momento - o que teria sido confirmado no depoimento do engenheiro Swi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels.

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Com a decisão, Santana e Mônica devem ser soltos nas próximas horas. A prisão foi substituída por medidas cautelares alternativas: proibição de deixar o país, proibição de manter contatos com outros envolvidos na Operação Lava Jato, comparecimento a todos os atos do processo e pagamento de fiança correspondente aos valores já bloqueados nas contas-correntes do casal e não trabalhar em campanhas políticas no Brasil. O publicitário e a esposa seguem réus do processo.

Segundo as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), Santana e Mônica receberam, entre 2012 e 2014, US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht e US$ 4,5 milhões da Keppel Fels. O casal afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, em depoimento na semana passada, que o valor recebido de Skornicki foi de caixa dois da campanha presidencial do PT em 2010.

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