"Alforriado" por Lula, Requião se distancia do PT
O discurso recente de Lula no Paraná serviu como uma “carta de alforria” para Requião que agora descarta completamente qualquer entendimento com o PT de Gleisi Hoffmann e Dilma Rousseff. O peemedebista pode ficar com palanque “avulso” na corrida presidencial. Ou seja, não apoia ninguém e ainda, confortavelmente, posiciona-se como franco-atirador
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Do blog do Esmael - No último dia 15 de março, durante encontro estadual do PT em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se arrependido por apoiado o senador Roberto Requião (PMDB) em várias disputas pelo governo do Paraná. Ele se referia especificamente a 2006, quando afirmou que deveria ter apoiado o então senador Osmar Dias (PDT) para o Palácio Iguaçu.
Requião ficou magoado com o ex-presidente petista. “Lula foi extremamente ingrato”, desabafou o senador do PMDB. “Fiquei profundamente magoado porque eu o apoiei em cinco eleições presidenciais”, completou.
Na prática, o discurso de Lula serviu como uma “carta de alforria” para Requião que agora descarta completamente qualquer entendimento com o PT de Gleisi Hoffmann e Dilma Rousseff. O peemedebista pode ficar com palanque “avulso” na corrida presidencial. Ou seja, não apoia ninguém e ainda, confortavelmente, posiciona-se como franco-atirador.
Na região Oeste, onde participa da caravana peemedebista “Volta, Requião”, o senador além de defender a candidatura própria ressalta que quer distância do PT nas eleições de outubro. Para ele, a aliança entre peemedebistas e petistas não se sustenta mais por causa do comportamento fisiológico de ambas as partes.
Em entrevista ao jornal Gazeta do Iguaçu, a Gazetinha, Requião acusou Gleisi de ter sido “infiel” à candidatura de Dilma em 2014. Segundo ele, a senadora fez “dobradinha” com os tucanos José Serra e Beto Richa. “Dilma fez 2 milhões de votos e, na mesma eleição, Gleisi fez 3,3 milhões de votos”, atacou.
Na mesma entrevista ao diário iguaçuense, o senador também não perdoou o governador Beto Richa (PSDB): “Ele é um hedonista, vive pelo prazer. A presença do Beto em Foz do Iguaçu é muito forte, mas não em obras”, fuzilou.
Mais cedo a uma emissora de rádio da cidade, Requião bateu duro no tucano ao dizer que o governador gosta de fazer festa em Foz e dos cassinos no Paraguai e Argentina.
Na manhã deste sábado, Requião e comitiva “venderam o peixe” da candidatura própria para correligionários de Cascavel.
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