Agente do imperialismo no Brasil, Moro diz que Lula se meteu em “enrascada” ao receber Maduro

"Maduro não foi recebido pelo Lula, ele foi, sem qualquer pudor, elogiado e festejado pelo atual Presidente", afirmou o senador, derrotado enquanto juiz da Lava Jato

Montagem (da esq. para a dir.): Nicolas Maduro, Luiz Inácio Lula da Silva e Sergio Moro
Montagem (da esq. para a dir.): Nicolas Maduro, Luiz Inácio Lula da Silva e Sergio Moro (Foto: Reuters | ABR)


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247 - Um dos principais agentes da violação da soberania nacional por meio da quebra de empresas brasileiras, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, resolveu usar o Twitter nesta segunda-feira (29) para criticar a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Nicolas Maduro (Venezuela). "Maduro não foi recebido pelo Lula, ele foi, sem qualquer pudor, elogiado e festejado pelo atual Presidente. O Brasil se meteu em uma grande enrascada", disse o parlamentar em postagem no Twitter.

Enquanto juiz, o senador foi um dos principais responsáveis pela destruição de empresas brasileiras, ao focar em denúncias contra instituições e não apenas em pessoas responsáveis por corrupção. A Lava jato destruiu 4,4 milhões de empregos, apontou um estudo divulgado em março de 2021 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Central Única dos Trabalhadores. 

A quebradeira de empreiteiras é um dos motivos que ajudou o Brasil a perder parte da soberania nacional após o golpe de 2016, contra Dilma Rousseff (PT), acusada de ter cometido as chamadas pedaladas fiscais, mas foi inocentada naquele ano pelo Ministério Público e por uma perícia do Senado.  

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Uma das maneiras de se trabalhar contra a soberania brasileira foi a permissão da interferência do governo dos Estados Unidos na Operação Lava Jato. O objetivo dos norte-americanos era ajudar presidir o Brasil alguém favorável à abertura do exploração do pré-sal para estrangeiros, um dos motivos para o afastamento ilegal de Dilma. 

A partir de 2019, começaram a ser publicados na imprensa trechos de conversas entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). De acordo com diálogos divulgados em junho daquele ano, o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), então procurador da Lava Jato, afirmou que alguns detalhes da operação podem "depender de articulação com os americanos".

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Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição de Moro nos processos contra Lula, que teve os direitos políticos devolvidos. Em 2022, o atual senador foi derrotado na Justiça Eleitoral do estado de São Paulo por fraude em domicílio eleitoral. Nester mês (maio de 2023), o STF manteve a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ordenou a Dallagnol pagamento de R$ 75 mil ao petista por conta da apresentação do Power Point em 2016. 

No encontro, os presidentes Lula e Nicolas Maduro reforçaram a necessidade de fortalecimento das relações bilaterais. O venezuelano também defendeu que o seu país entre para os Brics (bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Também anunciou a retomada do pagamento de uma dívida da Venezuela com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

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O petista afirmou ser favorável a uma moeda comum para os países membros do grupo e afirmou que é necessário muitos países terem mais independência do dólar. Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov o presidente brasileiro e afirmou que a proposta será discutida na próxima cúpula dos Brics - África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China.

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