Último adeus a Millôr Fernandes

Amigos e familiares despediram-se do mestre Millr Fernandes s 15h40, quando seu corpo foi cremado no Cemitrio do Caju, zona porturia



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247_ O Brasil despediu-se à 15h40 da tarde desta quinta-feira(28) do humorista, cartunista, jornalista, poeta, escritor Millôr Fernandes. Seu corpo foi cremado, em cerimônia particular para a família e amigos, no Crematório do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Depois do gênio do humor brasileiro, a cultura despede-se referência intelectual de toda uma geração, como o definiu a presidente Dilma Rousseff, em nota que lamentou oficialmente a morte do artista.

A ex-companheira de Millôr, a jornalista Cora Ronai, uma das primeiras pessoas a anunciar a morte do escritor, disse que Millôr foi o amor de sua vida.

O ator Otávio Augusto foi o primeiro a chegar ao local de cremação. Marília Pêra e o escritor Ruy Castro também participaram do último adeus. "Era um privilégio uma conversa com o Millôr. Não passava um dia que eu não apreciasse uma fala, uma declaração dele. Iluminava algo que estava acontecendo no Brasil", declarou o jornalista que era amigo de Millôr há 44 anos.

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"O Millôr era um homem culto, inteligente e muito engraçado. Não torcia para time de futebol, não tinha religião e nem partido político. Era um homem livre e isso é admirável. Ele me ajudou muito em um momento em que eu estava só. Ele me apoiou publicamente quando não era politicamente correto me apoiar", disse a atriz Marília Pêra 

O cartunista Chico Caruso também falou sobre o jornalista. "O Millôr era batalhador, competitivo e não admitia ninguém mais inteligente do que ele, nem o computador. Quando a mãe morreu ele disse que nada pior poderia acontecer com ele. Ele era otimista e individualista no melhor sentido. Era um cara batalhador e tinha o espírito do carioca", disse Caruso

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O humorista Marcelo Madureira também estava entre os amigos que tiveram acesso à cerimônia de despedida. "A bruxa está solta para o lado dos humoristas. Ela deveria ir para o lado dos políticos. Tinha uma relação muito respeitosa com o Millôr, quando eu nasci ele já era um cara consagrado. Uma vez levei para ele uma edição da Casseta e ele disse: obrigado e fique rico. Gostaria de ter tido maior convivência com ele. O maior legado dele, assim como o do Chico Anysio, é sua obra. Tudo o que ele produziu vai ficar para sempre, isso é ser imortal", diz o humorista Marcelo Madureira

Millôr Fernandes morreu aos 88 anos, por falência múltipla dos órgãos, em sua casa em Ipanema, zona sul carioca. O velório do corpo aconteceu até a tarde desta quinta-feira (29), no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária da cidade. De lá foi para a última despedida de amigos e familiares, no crematório do Caju.

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No último momento de despedida, ficam as palavras do mestre da escrita:

“O humorista é o último dos homens, um ser à parte, um tipo que não é chamado para congressos, não é eleito para academias, não está alistado entre os cidadãos úteis da República. (…) Assim, o humorista tem de ser mais infeliz que outros artistas, porque não pode aceitar o louvor precário que lhe oferece a falível humanidade que critica. No momento em que o aceita e passa a se julgar com direito a ele, já perdeu substância como humorista.”

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Millôr Fernandes


 

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