Tarcísio sabota reunião convocada pelo presidente Lula para enfrentar o terrorismo bolsonarista
Governador de São Paulo é um dos poucos que não irá se juntar à luta contra o terror bolsonarista

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SÃO PAULO (Reuters) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não irá a Brasília nesta segunda-feira para uma reunião de governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcada após os ataques de vândalos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto e aos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tarcísio decidiu permanecer no Estado para manter as tratativas com prefeitos sobre os desdobramentos das fortes chuvas que têm atingido municípios paulistas nos últimos dias, segundo a assessoria de imprensa do governo paulista.
O governador de SP é afilhado político de Bolsonaro, de quem foi ministro da Infraestrutura, e sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes foi pessoalmente patrocinada e articulada pelo ex-presidente, derrotado por Lula na acirrada eleição presidencial do ano passado.
Recentemente, no entanto, Tarcísio tem procurado se distanciar do bolsonarismo radical --chegou a afirmar que não é um "bolsonarista raiz"--, ao mesmo tempo em que expressa gratidão ao seu padrinho político.
No domingo, após os ataques de vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, Tarcísio condenou no Twitter condenar os atentados e afirmar que atos do tipo não acontecerão em São Paulo.
"Para que o Brasil possa caminhar, o debate deve ser o de ideias e a oposição deve ser responsável, apontando direções. Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos. Não admitiremos isso em SP!", escreveu o governador, que exerce pela primeira vez um cargo eletivo e, assim como Bolsonaro, foi capitão do Exército.
Lula se reunirá com governadores em Brasília no final da tarde desta segunda, em um encontro pedido pelo Fórum dos Governadores e que deverá servir para avaliar a situação de segurança no país após os ataques aos Três Poderes.
Em nota no domingo, o Fórum dos Governadores manifestou indignação e repúdio aos ataques, que levaram Lula a decretar intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o final deste mês.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por 90 dias.
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