Tarcísio mostra ignorância sobre autismo, veta projeto de lei e em seguida admite erro: "falhamos"

Governador de São Paulo havia dito que o Transtorno do Espectro Autista pode "mudar de gravidade ou até mesmo deixar de existir" se diagnosticado precocemente, o que é falso

12/08/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
12/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


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247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) admitiu, nesta sexta-feira (10), que teve postura equivocada em relação ao transtorno do espectro autista (TEA) quando disse que tal condição poderia “mudar de gravidade ou até mesmo deixar de existir” se fosse diagnosticada precocemente. 

Como informado pela coluna Maquiavel da Revista Veja, esta havia sido a justificativa que o governador utilizou para vetar um projeto de lei, de autoria do deputado estadual Paulo Correia Junior (PSD), que prorrogava por prazo indeterminado laudos médicos que atestam o transtorno do espectro autista.

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Tal projeto beneficiaria os pacientes com TEA, dado que reduziria significativamente a necessidade de atualizar os laudos já obtidos - vale lembrar que o processo para obtenção de um laudo pode ser custoso. A postura de Tarcísio, ao vetar o projeto e propagar uma informação falsa sobre o TEA, foi criticada por especialistas. O governador, então, admitiu o erro.

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"Erramos. É importante esclarecer que o entendimento do Governo de São Paulo é que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é permanente e, portanto, os direitos serão definitivos. Falhamos ao deixar passar uma redação que não deixasse clara essa postura", escreveu Tarcísio via Twitter.

De acordo com o governador, o governo agora buscará "aperfeiçoar o projeto, ampliar e incluir outras deficiências neste laudo definitivo". Ele acrescenta que "para isso, vamos chamar a sociedade civil e entidades para discutir com responsabilidade o assunto e trabalhar para avançar com políticas públicas efetivas".

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