Tarcísio diz que pobre não sabe o que é esquerda e direita na política, e defende neoliberalismo em evento do BTG Pactual

Em São Paulo, o governador reforçou que defende privatizações, citando a Emae, rodovias, trem intercidades ligando a capital a Campinas e parcerias público-privadas

O governador de SP, Tarcísio de Freitas
O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Foto: Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)


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247 — O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quarta-feira, 15, que pobres não sabem o que é direita e esquerda na política, pois precisam de solução de problemas imediatos, informou a Folha de S.Paulo.

A fala ocorreu em evento do banco BTG Pactual, ao lado dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), no contexto de uma pergunta sobre a polarização no país.

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“Entendo que tem uma população que é muito carente que depende de nós. Muitas vezes me perguntam, e aí, você é direita? Independentemente de eu ser um cara mais da direita, eu digo o seguinte: não importa se você é direita ou esquerda. O pobre não sabe o que é direita, o que é esquerda”, afirmou Tarcísio, eleito com base na polarização, surfando na onda do bolsonarismo.

“Ele precisa de teto, precisa de abrigo, ele precisa de proteção, está precisando de saúde, de resolução dos seus problemas imediatos, de diminuição dos tempos de espera por cirurgias eletivas”, disse.

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Ainda, o governador de São Paulo, tentando aparecer com ‘técnico’ e se desvincular do bolsonarismo, afirmou que a pauta de direita e esquerda em muitos momentos convergem e que o debate polarizado faz com que o debate programático se perca. Nesse movimento, como lembra a Folha, o governador tem apoiado temas como a defesa do meio ambiente.

Sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio reforçou seu compromisso com a política de rapina neoliberal, destacando, no entanto, que sua relação com o governo federal será republicana. “Agora, faremos aqui o contraponto. Onde está o contraponto? Vai ser na briga? Não, vai ser na ação. Vai ser num grande programa de concessão, privatização, parceria público privada, grande programa de enxugamento, reforma administrativa. Para a gente mostrar que é possível fazer política social mostrando de onde vai vir o recurso”, disse.

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Em São Paulo, o governador reforçou que defende privatizações, citando a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), rodovias, trem intercidades ligando a capital a Campinas e parcerias público-privadas como uma para revitalizar o centro. Além disso, Tarcísio também defendeu a privatização do Porto de Santos — que, no entanto, é administrado pela União.

“Fico por um lado preocupado quando a gente vê voltar à pauta questões superadas, como reversão de privatizações, autonomia do Banco Central, acho que a gente não deveria estar discutindo isso. Por outro lado vejo um Congresso que de certa forma mantém o perfil liberal”, disse.

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Leite e Ratinho também se comprometeram com agenda neoliberal.

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