Simulação da Defesa Civil evacua 1,4 mil casas em áreas de risco

Operao envolveu 12 comunidades, mas vai chegar a 30; uma sirene vai tocar sempre que chover mais de 40 milmetros em uma hora; no Rio, h 18 mil residncias localizadas em reas de risco



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Agência Brasil/Vitor Abdala - A Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro fez hoje (9), em 12 comunidades da cidade, um exercício simulado para desocupar áreas de risco em dias de chuva forte. Esse foi o quarto simulado desde a instalação do sistema de alerta e alarme de chuvas nas comunidades cariocas.

Moradores de cerca de 1,4 mil casas localizadas em áreas de altíssimo risco tiveram que deixar suas casas e procurar locais seguros, quando sirenes tocaram um alarme e um aviso de que havia possibilidade de deslizamentos na região.

Ercília Divina de Oliveira, de 69 anos, foi uma das moradoras do Morro do Andaraí, na zona norte da cidade, que participaram do exercício. Em janeiro do ano passado, um deslizamento de terra destruiu a casa dela.

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“A barreira desceu e soterrou minha filha. Ela ficou com metade do corpo enterrado. Eu estava dormindo, meu filho me acordou e gritou o nome da Flávia. Quando eu vi, ela estava enterrada. Mas, graças a Deus, não aconteceu nada de grave com ela. Se tivesse antes essa sirene acho que isso não teria acontecido”, disse Ercília, que mora desde criança no Andaraí.

Segundo o subsecretário municipal de Defesa Civil, Marcio Motta, as sirenes serão acionadas pelo Centro de Operações da prefeitura toda vez que chover mais do que 40 milímetros em uma hora. Caso o acionamento remoto falhe, líderes comunitários serão orientados a ligar manualmente a sirene. Os moradores são orientados a procurar locais seguros, como escolas, igrejas e casas de amigos fora das áreas de risco.

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Ele explica que há, apenas na cidade do Rio, 18 mil residências localizadas em área de alto risco de deslizamento de terra, em 117 comunidades. A prefeitura já instalou sirenes em 66 comunidades, que concentram 14 mil dessas casas.

“A solução definitiva para as comunidades são as obras estruturais, com a construção de muros de contenção e a realocação das famílias que moram nessas áreas. Mas isso não é fácil e não é rápido. O que a prefeitura vem fazendo é a instalação dessas sirenes, que tem como objetivo evitar que o desastre tenha uma intensidade maior”, afirmou o subsecretário.

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Entre as 66 comunidades que detêm sirenes, 56 já passaram pelo exercício simulado. As dez restantes serão treinadas no início de novembro, antes do período das chuvas mais fortes, que vai de dezembro a abril. Outras cerca de 30 comunidades deverão ganhar o sistema a partir do ano que vem.

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