Seminário Nacional de Mulheres discute auto-organização, garantia de direitos e combate à violência contra a mulher

O evento contará com a presença de mulheres de movimentos de moradia de 13 estados brasileiros e militantes de outras nacionalidades

Ato contra a violência de gênero no Rio
Ato contra a violência de gênero no Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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Organizado pela Secretaria de Mulheres da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), acontece em São Paulo, nos dias 18, 19 e 20 de novembro, o Seminário Nacional das Mulheres, reunindo líderes de movimentos sociais de 12 Estados e, ainda, representantes da Argentina e Colômbia.

"O conhecimento de casos de violência contra as mulheres em casa, no campo e na cidade não é novidade para quem atua em defesa dos direitos. No entanto, o tema é ainda pouco conhecido, estudado e discutido com as próprias mulheres, seja na área urbana ou nas rurais, mantendo a invisibilidade desse problema social e dificultando sua inclusão nas políticas públicas", afirma Graça Xavier, que integra a coordenação da UNMP e da Rede Mulher e Hábitat. "O momento dessa discussão não pode ser mais adiado. O momento é agora pois a moradia é a porta de entrada para todos os nossos direitos."  

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As mulheres da UNMP

A União Nacional por Moradia Popular atua na luta pelo direito a moradia há mais de 30 anos, através do trabalho com grupos de base nos bairros, ocupações e favelas, articulados em movimentos regionais e municipais, que por sua vez se organizam em âmbito estadual. Os estados possuem representação em uma Coordenação Nacional. O mesmo se dá com as mulheres, organizadas em Secretarias Estaduais e Nacional. 

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A Secretaria de Mulheres busca promover o acesso das mulheres à moradia digna e articular políticas para a efetivação de outros direitos, como segurança, saúde e educação. Neste contexto, a partir da ótica das mulheres que integram os movimentos de moradia, suas contribuições mediam a conquista de cidades mais justas e igualitárias.

Os motivos os quais estas mulheres dedicam horas de trabalho e deixam outras responsabilidades de lado para estarem em reuniões, debates, formações, ações de solidariedade e protestos é a própria experiência de vida, que as motiva a transformar suas realidades e a de seus pares. Não por acaso, a bandeira utilizada pela Secretaria Nacional de Mulheres da UNMP carrega a imagem de Ângela Davis, intelectual e ativista norte-americana conhecida mundialmente por sua luta anticapitalista, antirracista e feminista.

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Programação

Contando com a presença de representantes do governo de transição e mais de 200 mulheres inscritas de todo o Brasil, a programação do evento ocorrerá em três fases: 

Dia 18 de novembro, sexta-feira - APEOESP – Cerimônia de Abertura e Coquetel* 

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Horário: das 17h30 às 20h

Local: Praça da República, 282, Centro Histórico

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Credenciamento das delegações; mesa de abertura com as convidas para uma saudação; lançamento da Revista das Mulheres da União

Dia 19 de novembro, sábado – Câmara Municipal de São Paulo

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Horário: das 9h às 14h – Palestras e distribuição de Oficinas. Término programado para 

Local: Salão nobre da Câmara - Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista

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Manhã: mesa de análise da conjuntura nacional e internacional, e mesa 'Garantia de direitos: auto-organização, garantia de direitos e combate à violência contra a mulher. Tarde: Oficinas: 1) Despejos e violência de gênero; 2) Moradia e regularização fundiária; 3) Relações de gênero e moradia (pós-ocupação); 4) Formação e acesso aos programas de habitação; 5) Comunicação e redes de proteção na política de gênero; 6) Raça e Gênero.

Dia 20 de novembro, domingo - Saída para visita a empreendimentos habitacionais auto gestionários

Horário: 9h

Local: a definir no sábado, com as mulheres presentes

Algumas das presenças confirmadas:

Eleonora Menicucci: socióloga e ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é professora titular de saúde coletiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Marisol Cabrera: arquiteta, mestre em restauração de monumentos, consultora de projetos na Fundação AVP, e integrante da Red Mujer e do Hábitat da América Latina e do Caribe. Pesquisa urbanismo e espaço público seguro. Participou da incorporação do enfoque de gênero no Plano de Ordenação Territorial de Bogotá e da implementação do sistema de atenção distrital e nos blocos de atenção da cidade de Bogotá.

Inês da Silva Magalhães: socióloga, foi Ministra das Cidades do Brasil, é especialista em planejamento, atuando em gestão no setor público e em projetos nas áreas de habitação, desenvolvimento urbano e desenvolvimento. Ajudou a coordenar o Minha Casa, Minha Vida, tendo sido secretária nacional de habitação por 11 anos.

Paola Blanes: ativista feminista, psicóloga comunitária e doutoranda em estudos de gênero. Coordena programas e projetos no CISCSA- Cidades Feministas. Seu trabalho busca contribuir para o fortalecimento das organizações de mulheres e dissidentes sexuais e suas capacidades de advocacia política em relação ao seu direito às cidades e territórios. Ela também investiga o feminismo popular em Córdoba e a apropriação de direitos por mulheres jovens, em particular seu direito de viver uma vida livre de violência.

Ana Cláudia Rossbach: diretora de Programas para a América Latina e Caribe no Lincoln Institute of Land Policy. Fundadora e diretora de uma ONG com projetos de alto impacto em comunidades no Brasil e na Bolívia. Atuou como especialista sênior em habitação para o Banco Mundial no Brasil e em vários países do mundo. Foi Gerente Regional para América Latina e Caribe e do Programa Global de Informalidade Urbana junto à Cities Alliance, trabalhando na promoção de plataformas de conhecimento, assistência técnica sob demanda e comunidades de prática com foco na região da América Latina e Caribe e países de outras regiões como África do Sul e Índia.

Débora Sanches: professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Eleita Conselheira Titular do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo - CAUSP (2021-2023), onde é coordenadora adjunta da comissão de ATHIS. Vice coordenadora do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.

Lideranças confirmada da UNMP:

Graça Xavier: União Nacional Por Moradia Popular - São Paulo 

Joselia Silva dos Santos: União Nacional por Moradia Popular - Paraíba

Maria das Graças: União Nacional por Moradia Popular - Paraná

Jurema Constâncio: União Nacional por Moradia Popular - Rio de Janeiro

Maria José Alves da Silva: União Nacional por Moradia Popular - Alagoas

Usania Gomes: União Nacional por Moradia Popular – Minas Gerais

Jussara da Cunha Barbosa: União Nacional por Moradia Popular – Sergipe

Simone Inocêncio Teixeira: União Nacional por Moradia Popular – Goiás

Carla Coelho Costa Jorge: União Nacional por Moradia Popular – Tocantins

Heloísa da Silveira: União Nacional por Moradia Popular – Rio Grande do Sul

Maria das Graças Pires: União Nacional por Moradia Popular – Pará

Erika Moreira: União Nacional por Moradia Popular – Pará

Janete Amorim: União Nacional por Moradia Popular – Maranhão

Ana Paula Silva - União Nacional por Moradia Popular – Pernambuco

Evaniza Rodrigues: União Nacional Por Moradia Popular - São Paulo

Cleonice Dias dos Santos Hein: Assistente social e doutora em Serviço Social pela PUC/SP. / União Nacional por Moradia Popular – São Paulo

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