Royalties do pré-sal: participação especial da União cai para 40%

Relator do projeto de distribuio dos royalties, senador Vital do Rgo, reduziu participao da Unio de 46% para 40%; medida pode resolver impasse entre produtores e no produtores



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Rio247_Agência Brasil/Priscilla Mazenotti e Marcos Chagas - O relator do projeto que trata da distribuição dos royalties do pré-sal, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), reduziu ainda mais a participação especial a que a União tem direito, passando de 46% para 40%. Hoje, esse percentual é 50% e o governo já havia aceitado reduzir em 4 pontos percentuais.

“Houve ajuste nos valores da União. O Congresso Nacional concorda com esse ajuste”, disse Vital do Rêgo, depois de reunião com os parlamentares que fazem parte da comissão especial criada para definir o texto do projeto.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), representante dos estados produtores de petróleo, disse que o problema “estará resolvido”, caso o governo aceite a proposta de reduzir para 40% o percentual da participação especial do governo. Segundo ele, essa medida permite equacionar a conta para chegar aos R$ 8,5 bilhões reivindicados pelos estados não produtores.

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Na segunda-feira, Vital do Rego deverá receber as últimas sugestões ao projeto antes da apresentação final do texto. O senador disse que conseguiu distribuir percentualmente as partes correspondentes aos estados produtores e não produtores e à União. O problema agora, assinalou, é quanto à evolução da receita.

“Serão R$ 12 bilhões para estados e municípios produtores, R$ 8,5 bilhões para estados e municípios não produtores e R$ 8 bilhões para a União”, disse Vital do Rego. “A evolução da receita é que está trazendo o principal núcleo da discórdia.”

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Constará no relatório os royalties e a participação especial relativa às áreas não licitadas e às áreas já licitadas. Esse ponto causa divergência entre parlamentares de estados produtores de petróleo. “Não aceitamos discutir o que já foi licitado. Semana que vem vamos apresentar uma proposta nesse sentido”, disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

A votação do projeto está inicialmente marcada para quarta-feira (19) no Senado. Se for aprovado, o texto seguirá para a Câmara.

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O governador do Rio, Sergio Cabral, luta para adiar um ato público em defesa do Rio marcado para o dia 17 de outubro, mas conta com resistência da bancada do Rio. Aliança entre os deputados Garotinho (PR), Eduardo Cunha (PMDB), Chico Alencar (PSOL) e Alfredo Sirkis (PV) é a favor do ato justamente no momento em que Brasília começa a discutir a divisão entre estados e municípios.

A presidente Dilma evitou tratar da questão durante a reunião da coordenação de governo que aconteceu nesta terça-feira (11), em Brasília. No Senado, a discussão avança e a ideia é incluir artigo no projeto que obrigaria a divisão em 40% para educação; 30% em Saúde, Segurança, Erradicação da Pobreza, Cultura, Esporte, Meio Ambiente e Ciência Tecnologia; e 30% em obras para o desenvolvimento. O relator da proposta no Senado, Vital do Rego (PMDB-PB), quer evitar o desperdício da renda do petróleo.

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