Reprovada por já ter usado drogas, PM que matou a irmã só ingressou na corporação após entrar na Justiça

Após ser impedida de integrar as fileiras da corporação, Rhaillayne entrou com uma ação na Justiça contra a decisão

Policial Rhaillayne, à esquerda, e sua irmã Rhayana Mello, à direita
Policial Rhaillayne, à esquerda, e sua irmã Rhayana Mello, à direita (Foto: Reprodução/Redes Sociais)


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247 - Presa em flagrante no último sábado pela morte da irmã, a soldado Rhaillayne Oliveira de Mello só conseguiu ingressar na Polícia Militar por força de decisões judiciais. Após prestar concurso em 2014, a aspirante a PM acabou reprovada na etapa de Exame Social e Documental, também chamada de "pesquisa social", quando aspectos da vida pregressa do candidato são avaliados. As informações são do portal Yahoo. 

Um documento de 2018 do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças obtido pelo GLOBO indica que a própria Rhaillayne informou que "já fez uso de substância tóxica por três vezes em festas rave", situações nas quais teria ingerido "maconha, LSD, ecstasy e MD". Na ocasião, os responsáveis pela análise também citaram outros motivos para que a candidata não fosse aceita, como desavenças públicas que ela teve com o pai "pelo fato de o mesmo não concordar com as coisas erradas que fazia" e o "relacionamento de amizade" com um homem suspeito de crimes, pai do filho de Rhaillayne.

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Após ser impedida de integrar as fileiras da corporação, Rhaillayne entrou com uma ação na Justiça contra a decisão. "Em relação à alegação de uso de substâncias entorpecentes, a autora agiu de forma totalmente transparente e honesta ao responder a pergunta realizada pelo pesquisador, momento em que afirmou ter feito uso de substâncias entorpecentes POR APENAS TRÊS VEZES NO ANO DE 2013", pondera a petição apresentada pelos advogados da candidata. "Tal posicionamento de expor o ocorrido anteriormente demostra o seu caráter, o sentimento de agir com a verdade e retidão com o que preceitua, acreditando-se que não estaria devendo nada à Justiça ou a qualquer outro órgão", prossegue a defesa.

Para rebater as menções aos desentendimentos com o pai — que, segundo o texto, teriam acontecido "principalmente quando se diz respeito ao concurso em questão, eis que este não aceita a opção dela em seguir a carreira militar" —, Rhaillayne incluiu na ação imagens em que aparece abraçada com ele. "Ainda que existam diferenças e desavenças entre ambos, a convivência é harmônica e amorosa, pois existe respeito entre pai e filha, conforme se comprova das fotos anexas", pontuam os advogados ao argumentar. Já sobre a convivência com o ex-companheiro, a candidata frisou que os dois mantiveram um namoro por três anos, mas que "a relação era precária e inconstante, sem planejamentos futuros, e ambos residiam em endereços diversos". A petição alega ainda que os dois só mantêm contato por conta do filho e que o ex "só veio a se envolver com ilícitos após o término do relacionamento de ambos, no ano de 2013".

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