PSOL pede investigação sobre viagem de secretaria estadual de Políticas para a Mulher de SP a evento religioso
Sonaira participa de conferência evangélica em Genebra e gasto de R$ 136 mil com viagem é considerado "imoral" pela Bancada Feminista do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A Bancada Feminista, um mandato coletivo do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo, apresentou uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pedindo uma investigação da viagem da secretária estadual de Políticas para a Mulher de Sâo Paulo, Sonaira Fernandes, para um evento religioso em Genebra, na Suíça. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) gastará R$ 135,9 mil na viagem, que contará também com a presença de dois assistentes.
Sonaira participa do evento "Uniting our Nations and Reconciling", do ministério e Fé, fundado em 2009 pelo pastor argentino Luciano Bongarrá, desde o último sábado (6) até esta quarta-feira (10). O objetivo do evento, conforme descrito pelo próprio pastor em entrevistas, é levar "a mensagem do Senhor" aos que estão em posição de autoridade.
O documento enviado pelos parlamentares do PSOL afirma que, "considerando assim, as funções e deveres públicos da senhora secretária Sonaira, a laicidade do Estado e a moralidade administrativa é que se faz necessária a presente representação, requerendo que se investigue os fatos narrados". As parlamentares do PSOL ainda descrevem os gastos como "imorais".
Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Políticas para a Mulher afirmou que Sonaira será uma das palestrantes no painel sobre direitos humanos na conferência e que apresentará as políticas públicas do estado para a prevenção e o combate à violência doméstica, a saúde da mulher e o empreendedorismo feminino.
Evangélica, Sonaira é próxima do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e tem atuação política definida aos valores do bolsonarismo. Nas redes sociais, ela já escreveu que "o feminismo mata mais do que guerras e doenças" e é "o grande genocida do nosso tempo". Como vereadora da capital paulista, nos últimos anos, ela apresentou projetos para proibir cotas raciais em instituições públicas e privadas na cidade de São Paulo e para que o sexo biológico seja o único atendido para participação de atletas em competições no município, excluído, assim, transgêneros de disputas esportivas.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247