Professores do Rio decidem manter greve
De acordo com o Sindicato dos Professores de Educação do Rio, uma comissão tentará uma audiência com o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB); a categoria não aceita o plano de cargos e salários proposta pelo gestor e é contra a realização de sessões em regime de urgência na Câmara Municipal
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Rio247 – Os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram manter a greve, nesta sexta-feira (27), em assembleia realizada na Cinelândia, Centro da Capital. De acordo com o Sindicato dos Professores de Educação do Rio (Sepe-RJ), uma comissão tentará uma audiência com o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB). Segundo a coordenadora do Sepe, Gesa Correia, não há previsão para o encerramento da greve.
O fato é que a categoria não aceita o plano de cargos e salários proposto pelo gestor municipal. Após a interrupção da sessão que tinha como objetivo votar o plano, nesta quinta-feira (26), uma nova sessão foi marcada para a próxima terça-feira (30). Gesa informou que, na reunião, serão discutidas as emendas apresentadas ao plano de cargos e salários a serem entregues pelo líder do governo, Luiz Guaraná (PMDB).
Além da não aceitação dos professores da proposta do governo, outro fator "apimenta" ainda mais as discussões entre lideranças políticas e a categoria é a possibilidade de ocorrência da sessão da próxima terça em regime de urgência, o que contraria os interesses dos magistrados. De acordo com os professores, a proposta que trata do plano de cargos e salários beneficia apenas 7% dos docentes.
A proposta do novo plano prevê um investimento de R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos em gratificações levando em conta a formação de cada professor. Neste período, o aumento salarial da categoria pode chegar a 60%. A medida beneficiaria 43 mil educadores, entre ativos e inativos.
Cerca de 160 manifestantes passaram esta noite ocupando o plenário da Câmara Municipal do Rio e outras mil pessoas protestaram em frente às escadarias do Parlamento municipal, o que obrigou a Polícia Militar a formar um cordão de isolamento. O objetivo dos PMs era permitir que apenas jornalistas e funcionários da Casa entrassem no local.
Enquanto governo e professores não chegam a um consenso, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, analisa a possibilidade de cortar o ponto dos participantes da greve. Isso porque o Tribunal de Justiça do Rio derrubou, na quarta-feira (25), uma liminar que impedia o corte dos dias parados. A paralisação dos magistrados teve início no dia 8 de agosto, com a retomada dos trabalhos no dia 11 de setembro. Doze dias depois (23), a categoria entrou em greve novamente.
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