Procurador-geral de Itaboraí é baleado

Cidade teve dois atentados a funcionários do alto escalão da Prefeitura nesta semana; Paulo André de Toledo, foi atingido por volta das 12h30 desta quarta-feira (30); na última segunda, carro do secretário Marcio Chaves foi alvejado por tiros; nos últimos dias, mudaram os cenários para as eleições municipais deste ano e polícia não descarta motivação política



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Stephania Mello_247 - Itaboraí vive momentos de velho oeste desde o início desta semana. O procurador-geral do município de Itaboraí, Paulo André de Toledo, foi baleado por volta das 12h30 desta quarta-feira (30), em frente à sua casa no bairro do Sossego, em Itaboraí, cidade da região metropolitana do Rio. Na última segunda-feira (28), o carro do secretário municipal de Comunicação da cidade, Márcio Chaves, foi alvejado por tiros, disparados por criminosos. Os dois casos estão sendo investigados pela 71a. Delegacia de Polícia que não descarta conotações políticas como motivação dos atentados.

No ataque desta quarta, Toledo foi atingido em um dos braços, mas ele passa bem, segundo informações da polícia. Há suspeita de crime político também neste caso, mas a princípio ele foi vpitima de tentativa de assalto, realizada por quatro bandidos.

Já Chaves, tinha estacionado o automóvel e saído quando os tiros foram disparados. De acordo com nota da Prefeitura, dois homens armados que estava numa motocicleta atiraram após ele deixar o interior do carro. Ninguém ficou ferido.

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11 estão inelegíveis 

Nos últimos dias os fatos políticos no município mexeram com as cartas preparadas para as eleições municipais de 2012.  A Justiça Eleitoral Regional do Rio decidiu tornar inelegíveis 11 políticos da cidade, como mostrou matéria do 247, publicada na última segunda (28). Leia texto abaixo:

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Stephania Mello_247- Ainda cabe recurso, mas decisão da Justiça Eleitoral em Magé, na região da Baixada Litorânea do Rio de Janeiro, tornou inelegíveis 11 políticos da área. Após ação de investigação judicial eleitoral, a Promotoria obteve a decisão judicial de condenação em ação por abuso de poder econômico e político praticados na eleição municipal suplementar de 2011.

A sentença, proferida pela 110ª Zona Eleitoral, determinou a inelegibilidade pelos próximos oito anos de Werner Benites Saraiva da Fonseca, Paulo Roberto Portugal, Andre Luis Castilho Costa, Vander Ferreira de Mattos da Silva, Viviane Santos Alves de Araujo, William Valença de Oliveira, Alice Rodrigues Pinto, Jorge Ferreira Rodrigues, Aline Pereira Cardoso, Paulo Henrique Felix, e Anderson Cozzolino.Segundo informações da ação, os réus usaram servidores públicos municipais, como coordenadores de postos de saúde da família (PSF) e diretores de escolas municipais, para auxiliar na campanha eleitoral, inclusive durante o expediente de trabalho. Usuários dos postos foram abordados quando iam se consultar, sendo impelidos a deixar registrados os números de seus títulos de eleitor. Em outras ocasiões, pessoas foram obrigados a instalar placas dos candidatos em suas casas para que o atendimento nos postos fosse liberado.

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Em outro descumprimento à lei, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral contaram, em juízo, que foram encontrados materiais de propaganda irregular do então candidato a prefeito Werner Benites (PT do B), alguns de cunho ofensivo ao candidato adversário. De acordo com os fiscais, mesmo notificado para a retirada do material de circulação, o candidato manteve a propaganda ilegal.

Em depoimento à Justiça, testemunhas relataram que os coordenadores de PSFs ameaçavam os servidores que trabalhavam nos postos de saúde e também a população com a finalidade de angariar votos para Werner e Paulo Portugal, que concorriam respectivamente aos cargos de prefeito e vice à época.
"A coação verificada aos servidores do Município de Magé se materializava por meio de ameaças caso se recusassem a apoiar e a votar nos candidatos Werner e Paulo Portugal. Neste passo, a ameaça ultrapassava o abuso do poder político, pois tinha caráter nitidamente econômico, qual seja: a supressão de remuneração e até de demissão dos servidores públicos municipais. Logo, os candidatos manipularam o poder econômico estatal em favor de suas candidaturas", narra trecho da sentença.

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Atualmente, Werner e Paulo são vereadores em Magé e não perderão seus cargos, visto que a sentença valerá para eleições futuras e se refere à eleição para o Executivo da cidade. Eles foram candidatos na eleição suplementar de 2011, respectivamente a prefeito e vice-prefeito, pela coligação Magé para mageenses.

Ainda de acordo com a ação, os investigados Anderson Cozzolino, que assumiu a Prefeitura após a cassação do mandato de sua irmã Núbia Cozzolino, e Vander Ferreira, secretário municipal de Transporte, autorizaram 300 veículos a fazer transporte alternativo na cidade às vésperas da eleição, descumprindo a obrigação de realizar licitação para concessão do serviço.
André Luis Castilho Costa ocupava o posto de secretário municipal de Desenvolvimento e Agricultura; Viviane Santos Alves de Araújo era coordenadora do posto de saúde da família Maria Conga; Alice Rodrigues Pinto coordenava o PSF Suruí; Paulo Henrique Félix era o coordenador do posto do Beco do Saci; e William Valença de Oliveira, Jorge Ferreira Rodrigues e Aline Pereira Cardoso eram servidores no município de Magé.

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Eleições Suplementares em 2011

A prefeita de Magé, Núbia Cozzolino (PMDB), afastada do cargo desde 2009 por suspeita de formação de quadrilha e desvio do dinheiro público, e o vice-prefeito Rozan Gomes da Silva, tiveram os mandatos cassados em 2010 por abuso do poder econômico e político. Por causa da cassação pelo TRE-RJ foram convocadas eleições municipais suplementares, realizadas em 31 de julho de 2011 no município. Sob forte esquema de segurança policial e com a presença de autoridades estaduais e federais da justiça eleitoral, mageenses foram às urnas e elegeram como prefeito Nestor Vidal.

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