Prefeito de São Paulo diz que greve de motoristas de ônibus é 'abusiva e irresponsável'
A categoria reivindica reajuste de 12,47% a partir de maio, e o setor patronal, concorda com o percentual, mas se propõe a pagar apenas a partir de outubro. Paralisação é de 24h
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247 - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), atacou a greve de 24 horas de motoristas e cobradores de ônibus da capital. "É legítimo o sindicato lutar pelos funcionários, mas descumprir uma decisão judicial é ato antissindical e torna a greve legítima em abusiva", afirmou Nunes à Folha de S. Paulo. "Estamos falando de serviço essencial, e pararam 100% do sistema estrutural, o que é irresponsável", acrescentou o prefeito.
Para deflagrar a paralisação, a SPTrans contou com uma decisão liminar do último dia 31, concedida pela Justiça do Trabalho, que determina a manutenção de 80% da frota. A multa diária para o caso de desobediência é de R$ 50 mil.
A categoria reivindica reajuste de 12,47% a partir de maio, e o setor patronal, representado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), concorda com o percentual, mas se propõe a pagar apenas a partir de outubro.
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Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre o assunto:
Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo entraram em greve nesta terça-feira (14) após rejeitar proposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas do setor. As empresas queriam aplicar o reajuste somente em outubro, mas os trabalhadores querem aumento retroativo a maio (data-base).
Por causa da paralisação, a prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio municipal de veículos. Durante a madrugada, 46 linhas do noturno, do total de 150, operaram. Segundo a SPTrans, às 5h, a operação ocorria conforme o previsto para o horário em 24 das 40 garagens do sistema.
Segundo informações do portal g1, o Terminal de Santo Amaro, na zona sul, estava vazio, sem veículos. Apenas uma linha, e com veículo menores, atendia os usuários. O Terminal Grajaú, também na zona sul, foi fechado entre 4h e 4h50 após manifestantes utilizarem dois ônibus para interromper o fluxo de veículos.
No Terminal Campo Limpo, 12 linhas estão sendo estendidas até a Vila Sônia, onde os passageiros podem realizar a integração com o Metrô. As linhas que vão até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha estão levando os passageiros até o Metrô Barra Funda.
Não houve acordo entre trabalhadores e empresas ontem após audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). Os representantes dos trabalhadores não aceitaram nova proposta de reajuste apresentada pelas empresas. O TRT marcou julgamento do dissídio coletivo para amanhã (15) à tarde.
Durante audiência de conciliação nesta segunda (13), mediada pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, a proposta das empresas passou de 10% para 12,47%. É o índice reivindicado pelos trabalhadores, correspondente à variação acumulada do INPC até abril, véspera da data-base. Mas esse reajuste, querem as empresas, seria pago apenas em outubro, e não retroativo a maio. As cláusulas sociais seriam mantidas.
Confira a relação de empresas paralisadas
- Santa Brígida (zona norte)
- Gato Preto (zona norte)
- Sambaíba (zona norte)
- Express (zona leste)
- Viação Metrópole (zona leste)
- Ambiental (zona leste)
- Via Sudeste (zona sudeste)
- Campo Belo (zona sul)
- Viação Grajaú (zona sul)
- Gatusa (zona sul)
- KBPX (zona sul)
- MobiBrasil (zona sul)
- Viação Metrópole (zona sul)
- Transppass (zona oeste)
- Gato Preto (zona oeste)
Empresas que operam normalmente
- Norte Buss (zona norte)
- Spencer (zona norte)
- Transunião (zona leste)
- UPBUS (zona leste)
- Pêssego (zona leste)
- Allibus (zona leste)
- Transunião (zona sudeste)
- MoveBuss (zona leste)
- A2 Transportes (zona sul)
- Transwolff (zona sul)
- Transcap (zona oeste)
- Alfa Rodobus (zona oeste)
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