Polícias do Rio ocupam o Complexo da Penha

Desde as 5 da manhã desta quinta, cerca de 600 policiais fazem megaoperação para substituir o Exército na região; em 20 dias, duas UPPs serão instaladas para atender sete comunidades no entorno da Chatuba; ações também acontecem nas regiões metropolitana e Baixada para fechar cerco a bandidos; 45 foram presos



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Stephania Mello_247 - Blindados, helicópteros e 600 homens das polícias Militar, Civil, do batalhão de Operações Especiais (Bope) estão, desde as 5 horas da manhã, em ação para ocupar comunidades do Complexo da Penha, em substituição às tropas do Exército. A megaoperação acontece para preparar a área porque duas Unidades de Polícia pacificadora (UPPs) serão instaladas no entorno do Morro da Chatuba dentro de até 20 dias. A casa do traficante Mica, que dominava a região, foi ocupada pelo Bope e será pontos de observação para o comando da operação e das unidades nos próximos dias. A construção tem três andares  e fica no alto do morro da Caixa D´Água, de onde Paulo Rogério de Souza Paz controlava o movimento no Complexo. Do alto da casa é possível visualizar Chatuba, Vila Cruzeiro, Sereno e Morro da Fé.

Ação simultânea, com 300 policiais, também acontecem em comunidades da zona norte e região metropolitana do Rio, além da Baixada Fluminense. O objetivo é vasculhar as áreas para evitar a fuga de traficantes para estes locais. Fazem operações nas favelas do Jacarezinho; Chapadão, na Pavuna; Metral e Vila Kennedy, na Zona OesteA migração dos bandidos para outras cidades tem sido um desafio para a pacificação das comunidades na cidade. Mas uma mudança na estratégia de combate ao crime organizado tem coibido parte desta movimentação que assusta moradores das cidades vizinhas e do interior do Estado.

Pacificação de sete comunidades

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Os policiais buscaram armas, drogas e criminosos fugitivos da Justiça durante a operação. É a preparação para a instalação de duas UPPs que farão policiamento de aproximação em sete favelas da Penha nos próximos 20 dias.  Segundo o relações pública da PM, coronel Frederico Caldas, as novas unidades terão atuação nas comunidades Fé, Sereno, Carocol, Chatuba, Caixa D'água, Brotão e Paz. No Complexo da Penha serão instaladas quatro UPPs até o início do segundo semestre. Na última quarta-feira, a quarta e última unidade do Complexo do Alemão, na comunidade Morro do Alemão/Pedra do Sapo, foi entregue oficialmente aos moradores.

"Desde segunda-feira (28), doze batalhões da PM de várias áreas da região metropolitana também vêm fazendo operações em lugares onde haja conexões com a facção criminosa que atuava no Complexo da Penha com o objetivo de inviabilizar a fuga de bandidos que estivessem refugiados nessas localidades, mas também para impedir que houvesse reforço desses marginais para dificultar a entrada da PM aqui. Nos dois primeiros dias, prendemos 28 pessoas e apreendemos seis armas, além de drogas", relatou o coronel Caldas. 

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As forças de ocupação da PM, sob comando do subcomandante geral do Bope, tenente-coronel André Silva, ficará baseada na quadra ao lado da Creche Municipal Betinho, na Chatuba, até a instalação das UPPs, mas também uma parte do efetivo ocupou no alto do Morro da Caixa D´Água a casa onde morava o bandido Mica, um dos principais chefes do tráfico de drogas na região e que se encontra preso. O imóvel, de três pavimentos e um terraço, com piscina e churrasqueira, fica num ponto privilegiado do morro, com uma vista panorâmica de todo o Complexo da Penha.

"É um posto de observação notável do terreno, mas só o usaremos como ponto de apoio para a nossa base na Chatuba que atende melhor as questões de logística operacional de nossas operações diárias", explicou o tenente-coronel.

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Até o final de 2014, segundo o planejamento da Secretaria de Segurança do Estado, 40 Unidades de Polícia Pacificadora serão instaladas em toda a cidade. Quando o processo estiver concluído na cidade do Rio, a proposta é expandir o programa de segurança pública para outros municípios da região metropolitana e do norte fluminense.

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