Polícia prende quarto suspeito de estuprar jovens que conheceu por meio do aplicativo Discord

Carlos Nascimento, conhecido como 'DPE', estava foragido e era procurado por suspeita de estuprar duas adolescentes, de 13 e 16 anos. Ele se apresentou em uma delegacia

'DPE' se apresentou numa delegacia e foi preso. Ele era considerado foragido. Jovem de 19 anos é investigado por estupro e ameaça de  jovens e adolescentes
'DPE' se apresentou numa delegacia e foi preso. Ele era considerado foragido. Jovem de 19 anos é investigado por estupro e ameaça de jovens e adolescentes (Foto: Foto: Reprodução)


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247 - A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta segunda-feira (26), o quarto suspeito de integrar uma rede de jovens investigada por suspeita de ameaçar e estuprar ao menos duas menores de 18 anos, que conheceram por meio do aplicativo Discord, utilizado por adolescentes para conversarem sobre games. As vítimas têm 13 e 16 anos e são, respectivamente, de Santa Catarina e São Paulo. A polícia também investiga a possibilidade de que o grupo tenha abusado sexualmente e ameaçado outras cinco vítimas, sendo três em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.

 Segundo o G1, Carlos Eduardo Custódio do Nascimento, conhecido como "DPE", tem 19 anos. Ele estava foragido após a Justiça decretar sua prisão temporária a pedido do Ministério Público (MP). Na tarde desta segunda-feira, ele se apresentou com seu advogado em uma delegacia da capital paulista.

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Outros três suspeitos de fazerem parte da rede de abusadores, todos adultos, já tinham sido presos pelos policiais, na semana passada, após o programa Fantástico, exibido pela TV Globo, revelar, em maio, como jovens utilizavam a plataforma virtual para cometerem crimes. Vitor Hugo Souza Rocha, conhecido como "Verdadeiro Vitor", 21 anos, é investigado por possuir pornografia infantil e foi detido no início de junho em Bauru, interior paulista. Já Gabriel Barreto Vilares, conhecido como "Law", 22 anos, é investigado por abuso sexual e ameaça e foi erso na capital pauliusta.  William Maza dos Santos, conhecido como "Joust", 20, também foi preso na sexta-feira em São Paulo e é investigado por abuso sexual e ameaça.

Segundo as autoridades, o grupo conhecia as vítimas no Discord, solicitando "fotos íntimas" (nudes) das garotas. Em seguida, os chantagistas as coagiam, obrigando-as a realizar tarefas sádicas sob a ameaça de divulgar suas imagens nuas nas redes. Ainda de acordo com a reportagem, a polícia e o Ministério Público (MP) também estão apurando se DPE e os outros três detidos podem ter cometido mais crimes, incluindo associação criminosa, discriminação racial e tráfico de drogas. DPE é considerado o líder da quadrilha. "São sádicos, são misóginos. Eles têm aversão, ódio às mulheres", disse Fábio Pinheiro, delegado responsável pela investigação. "Não se trata de desafios praticados por adolescentes. Trata-se de criminosos, a maioria deles maiores de idade", disse a promotora Maria Fernanda Balsabobra.

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Vitor Hugo Souza Rocha, conhecido como "Verdadeiro Vitor", 21 anos (detido no início de junho em Bauru, interior paulista): investigado por possuir pornografia infantil; Gabriel Barreto Vilares, conhecido como "Law", 22 (preso também na sexta-feira passada na capital paulista): investigado por abuso sexual e ameaça; William Maza dos Santos, conhecido como "Joust", 20 (detido na sexta-feira em São Paulo): investigado por abuso sexual e ameaça. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou nos computadores dos investigados fotos e vídeos das adolescentes nuas, além de conversas que comprovam os crimes que os jovens cometeram contra elas. Em um dos aparelhos, o nome de um dos arquivos era: "backup das vítimas estupráveis". Criminosos que atuavam no Discord possuíam pastas de arquivos catalogando as vítimas.

Além de responsabilizar individualmente os agressores, o Ministério Público também está investigando o próprio Discord. "Estamos apurando, por meio de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet. O que diferencia é a constatação de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataques contra as vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime", disse o promotor Danilo Orlando. 

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O porta-voz do Discord, Clint Smith, afirmou que a plataforma "não tolera comportamentos odiosos", mas disse que a plataforma é um “produto gratuito utilizado por mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdos e comportamentos impróprios vão ocorrer. Trabalhamos ativamente para remover esse tipo de conteúdo".

A Polícia Federal (PF) também está investigando se outros rapazes utilizaram o Discord para cometerem estupros e ameaças contra outras dez garotas menores de idade. 

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