PF investiga funcionários da Chevron

DelegadoFbio Scliar, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimnio Histrico da Polcia Federal (Delemaph-PF), suspeita que petroleira americana fazia contrataes ilegais no Pas



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O delegado Fábio Scliar, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal (Delemaph-PF), começará a ouvir nesta quarta-feira (23) sete executivos e engenheiros da Chevron, após a suspeita de que a empresa contaria com trabalhadores ilegais no Campo do Frade, onde há 16 dias ocorre um vazamento de petróleo.

Os depoimentos estão previstos para começar às 9h e devem acontecer até a sexta-feira (25). O Campo do Frade fica localizado na Bacia de Campos, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro. “Todos essas sete pessoas vão prestar depoimento na condição de suspeitas”, afirmou Scliar na segunda-feira (21). Segundo ele, os funcionários estariam trabalhando sem a documentação exigida pela legislação brasileira.

As multas milionárias que a petroleira Chevron deverá pagar no Brasil, referente ao vazamento de petróleo que durou duas semanas na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, não devem nem fazer cócegas no caixa da multinacional americana. Pelo vazamento, estipulado pela própria empresa em 382 mil litros de óleo (2,4 mil barris), a empresa recebeu ontem uma multa do Ibama de míseros R$ 50 milhões, punição máxima do órgão para crimes ambientais. Outras multas deverão ser aplicadas, como a da ANP, que pode chegar a R$ 100 milhões, e a indenização ao governo do Rio de Janeiro pelos estragos ambientais causados, que possivelmente alcança o mesmo valor.

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 Para se ter uma ideia de quão irrisórios são os valores, que somados podem chegar a R$ 250 milhões, a empresa foi condenada a pagar US$ 8 bilhões por um crime ambiental cometido no Equador, em fevereiro deste ano. Para seus cofres, a multa total a ser paga no Brasil fica ainda mais insignificante: a empresa faturou US$ 200 bilhões no ano passado e teve lucro de US$ 14 bilhões apenas no primeiro semestre de 2011. Para o minsitro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, as punições do País seriam mais justas se fossem baseadas no faturamento das empresas. O ministro defende, inclusive, um projeto de lei nesse sentido, a fim de que seja possível punir corruptores com maior rigor.

Nesta terça-feira, a redução da mancha não tranquilizou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. Em conversas com técnicos do Ibama e do Instituto Estadual do Ambiente, ele foi informado de que o óleo pode atingir as praias fluminenses. "Mais de dois terços do óleo não aflorou ainda. Está na coluna d'água. Isso vai acabar empelotando e as bolas de piche vão aparecer em Arraial do Cabo, Angras dos Reis, Ubatuba. Pode acontecer daqui a duas semanas, ou daqui a um mês", afirmou.

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