PF deflagra a Operação Black Market no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos

Cerca de 18 policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão nas residências dos alvos localizadas nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iguaçu

(Foto: Polícia Federal)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 — Na manhã desta terça-feira (20/6), a Polícia Federal deflagrou a Operação Black Market com o objetivo de desarticular associação criminosa responsável pelo tráfico internacional de armas de fogo e acessórios para o território brasileiro. Os investigados se registraram como CACs a fim de comprar armamentos e acessórios de arma de fogo em larga escala, com o intuito de importá-los dos Estados Unidos para o Brasil.

Cerca de 18 policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão nas residências dos alvos localizadas nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iguaçu/RJ. Durante a busca na residência de um dos alvos, no município de Nova Iguaçu, a equipe policial apreendeu duas pistolas (calibres .40 e 9mm), sete carregadores e dezenas de munições (calibre 9mm e de fuzil 556), resultando na prisão em flagrante do investigado pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.

continua após o anúncio

Simultaneamente, em razão de pedido de cooperação jurídica internacional com a polícia dos Estados Unidos, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA (Homeland Security Investigations - HSI) apreendeu 12 fuzis em uma loja de armas da cidade americana de Orlando, os quais tinham como destino o Brasil.

As investigações foram iniciadas pela Delegacia Especial da PF no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DEAIN) após a apreensão, em conjunto com a Receita Federal, de 475 carregadores de fuzis e pistolas em uma transportadora localizada no bairro de Olaria, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 2021. Com o aprofundamento das apurações, foi identificada a compra dos 12 fuzis apreendidos hoje nos Estados Unidos, que tinham como provável destino facções criminosas que atuam em comunidades do Rio de Janeiro.

continua após o anúncio

A investigação revelou que os investigados se cadastraram como CACs – Caçador, Atirador, Colecionador – junto ao Exército Brasileiro para adquirir armamentos e acessórios de arma de fogo em larga escala, utilizando-se da flexibilização da legislação sobre o controle de carregadores, inclusive aqueles de alta capacidade usados em armas automáticas, com o intuito de importá-los dos Estados Unidos para o Brasil. Além disso, as investigações também revelaram outros integrantes da associação criminosa, os quais, juntos, movimentaram quase R$ 25.000.000 em cinco anos, montante incompatível com as rendas declaradas pelos investigados.

A Operação Black Market foi resultado de um trabalho de cooperação internacional que envolveu o Serviço de Segurança Diplomática dos EUA (Diplomatic Security Service - DSS), o Escritório de Indústria e Segurança dos EUA (Bureau of Industry and Security - BIS) e a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições (FICTA), composta por integrantes da Polícia Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP) e da Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA (Homeland Security Investigations - HSI).

continua após o anúncio

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cujas penas, se somadas, ultrapassam os 44 anos de reclusão.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247