Petroleiros aposentados marcam protestos enquanto Petrobrás decide novo CA

Fundação responsável pela gestão do fundo de pensão que gere a aposentadoria da categoria vem repassando seu déficit aos aposentados, com descontos mensais em seus contracheques

Ato de Aposentados/as e Pensionistas realizado no dia 23 de março de 2023
Ato de Aposentados/as e Pensionistas realizado no dia 23 de março de 2023 (Foto: Divulgação/Sindipetro Caxias)


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247 - Acionistas da Petrobrás se reúnem nesta quinta-feira (27) em Assembleia Geral Ordinária no Edifício Senado (EDISEN), para eleger os novos representantes do Conselho de Administração (CA) da estatal. A reunião marca o início da nova gestão da empresa no governo Lula (PT), com a aprovação dos membros indicados pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para os cargos de conselheiros do CA.

A posse se dá em meio a questionamentos dos trabalhadores aposentados, que há 5 anos sofrem com consecutivas cobranças em seus contracheques, fruto de déficits de seu fundo de pensão. Na última semana, mais um equacionamento atingiu a renda de milhares de participantes e beneficiários do plano.

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Por isso, foi convocado um protesto em frente à sede da Petrobras nesta quinta, às 10h, para questionar a nova proposta de equacionamento da Petros - a fundação responsável pela gestão do fundo de pensão que gere a aposentadoria da categoria.

Entenda o déficit da Petros

Há 5 anos a Petros cobra aos aposentados, em faturas mensais, do déficit produzido no plano ao longo dos anos, o que tem inviabilizado a renda de muitos dos assistidos. 

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Os trabalhadores questionam os Planos de Equacionamento, apontando a existência de uma dívida bilionária da Petrobrás que, caso fosse paga, poderia solucionar, segundo eles, grande parte do déficit do plano. O petroleiro aposentado Carlos Holanda fala sobre a situação: “nós, aposentados, não precisaríamos ficar sob essa constante tensão sobre receber novos equacionamentos em nossas aposentadorias, se a Petrobras pagasse o que deve. Há colegas vendendo cosméticos para completar a renda. É um absurdo passarmos por isso depois de anos de dedicação”.

Em 2021, a rentabilidade da Petros foi inferior aos demais planos de aposentadoria comparáveis e não atingiu nem as próprias metas de ganho, segundo relatório da própria fundação. Como consequência dos baixos rendimentos, a gestão da empresa fatia o déficit sofrido e repassa aos aposentados, gerando cobranças à categoria, os chamados Equacionamentos.

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O Conselho da Petros optou por aprovar um novo equacionamento, depois de o déficit acumulado no ano de 2021 ficar em torno de R$ 7,74 bilhões. Esse quadro foi agravado pelos péssimos resultados obtidos pela atual gestão da Petros, na contramão da rentabilidade de planos similares em outras Fundações.

O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias também se posiciona contra as cobranças feitas pela empresa aos aposentados. “Esse mês completa 5 anos que os aposentados, aposentadas e pensionistas recebem esses injustos descontos mensais no contracheque para compensar a má administração feita pela Petros. O ato de amanhã é um grito de basta para a direção da Petros e da Petrobrás sobre o avanço do plano de equacionamento sobre a renda dos aposentados", declarou o presidente do Sindipetro Caxias, Marcello Bernardo.

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"Estamos na expectativa de que esta nova gestão resolva, de uma vez por todas, este problema que tem assolado a vida destes colegas que se dedicaram para construir a maior empresa da América Latina”, ressaltou Bernardo.

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